RECINTOS DO BLOG

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

NOTA DE FALECIMENTO

Informamos a todos os membros da Igreja Presbiteriana do Brasil em Mogi das Cruzes, o falecimento do nosso amado irmão Presb. José Corre Lima.

Esse irmão, sua esposa e dois de seus filhos foram arrolados ao Rol de Membros da Igreja recentemente, o que nos trouxe muita alegria.

Ontem, todavia, aprovouve a Deus em sua soberania e vontade perfeitas, chamar à sua presença esse valoroso irmão.

A partir de ontem (27.12.2010) ele não conta mais o tempo porque entrou para a eternidade.

A partir de ontem ele pode contemplar Aquele que o amou a ponto de entregar Sua vida por ele.

A partir de ontem ele mudou de domicílio onde aguardará, juntamente com todos os eleitos, a Igreja Triunfante, o dia Glorioso de nossa plena redenção, aquele maravilhoso dia em que todos os mortos os salvos irão ressuscitar´e habitar o novo céu e a nova terra onde não haverá mais dor, nem mais morte, nem mais lágrimas e o adeus não mais existirá.

Registro aqui, como Pastor desse irmão, minha palavra de admiração e carinho por ele e por toda a sua família. Agora cumprimos o que Paulo disse, chorai com os que choram.

Pastor Mauro Sergio Aiello

sábado, 18 de dezembro de 2010

AS LÁGRIMAS DA ALMA

Pode a alma verter lágrimas? Sim, creio que a alma pode chorar.

Eu vi lágrimas escorrendo pelo rosto de uma linda ovelha que havia recebido a notícia de que tinha sido operada para a extração de um tumor no intestino. Ela me falou de sua apreensão a respeito de sua enfermidade, mas revelou que estava mais preocupada com seus filhos, um casal lindo de crianças alegres e felizes. Ela me disse que queria melhorar para poder continuar criando seus filhos e principalmente testemunhar de Jesus para eles.

Confesso que chorei, mas chorei por dentro. Foi minha forma de pesar e de tristeza por causa daquela ovelha que estava ferida, insegura, triste. Foram as lágrimas de minha alma, porque a alma chora e a minha chorou, se derramou.

Nestes meus 21 anos de Pastorado o que mais tenho feito é aprender. São tolos os que pensam, ao saírem do Seminário, que vão ensinar, exercer a docência, pura e simplesmente. Se há uma enorme verdade que eu aprendi nestes meus anos de ministério é que o Seminário é útil para que aprendamos a interpretar corretamente as Escrituras Sagradas, aprendamos a expô-la com fidelidade, mas cuidar das ovelhas em circunstâncias como a relatada acima, é lição que aprendemos vivenciando-as.

Confesso que quando aquela jovem mãe me disse que tinha um tumor e que estava aguardando o resultado da biópsia, fiquei boquiaberto. Ao ver suas lágrimas rolando por seu rosto, chorei por dentro e orei pedindo a Deus que me desse palavras sábias e vindas do alto para aquele momento de dor. Lembrei-me do hino que diz: “Com tua mão segura bem a minha, pois eu tão frágil sou, ó Salvador. Que não me atrevo a dar jamais um passo, sem teu amparo, Cristo, meu Senhor”. Li para ela um texto intitulado “OS SOFRIMENTOS’, e em seguida orei. Fiquei por ali mais alguns minutos e depois, despedi-me dela, mas as lágrimas de minha alma continuavam a derramar.

Como Pastor tenho vivido experiências emocionais muito fortes. Não é nada fácil encarar situações como essa descrita acima. Faltam palavras e é muito importante que sejamos mesmo muito econômicos com elas. O que dizer para alguém que recebeu uma notícia assim? Que essa é a vontade de Deus? Que ela deve determinar e não aceitar a doença, como alguns “profetas” modernos ensinam? Que tudo vai dar certo no tratamento e ela vai ser curada?

Creio que em uma hora como essa o melhor que temos para fazer mesmo é aceitar o conselho de Paulo quando escreveu aos romanos: “O amor seja sem hipocrisia. Detestai o mal, apegando-vos ao bem. Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros. No zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor; regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração perseverantes; compartilhai as necessidades dos santos; praticai a hospitalidade; abençoai os que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis. Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram”. (Romanos 12.9-15).

Foi o que fiz, chorei! Por dentro, mas chorei. Apesar das lágrimas, continuo cheio de esperança porque estou convencido de que Deus tem o melhor dele reservado para cada filho. Se nós os pais humanos damos boas coisas aos filhos porque seria diferente no caso do Papai do Céu, ainda que não entendamos seus desígnios, ainda que seus caminhos sejam cheios de desafio e difíceis de entender e aceitar, ainda que a montanha seja muito alta, ainda que nos falte entendimento sobre as circunstâncias, ainda que pareça que a tempestade vai fazer o barco naufragar, ainda que os sonhos e projetos pareçam se apagar, ainda que sua vontade nos faça chorar.....lágrimas que serão definitivamente enxugadas por Ele mesmo.

Continuo chorando por minha querida ovelha. Acordo de madrugada e oro por ela e por todas as outras. Como Pastor eu só posso ir até aí. Jesus o Supremo Pastor se incumbe de fazer aquilo que está além de minhas forças e potencialidades. Então volto a dormir mesmo tendo derramado as lágrimas da alma, porque a alma também chora.





sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A PALAVRA DE DEUS

Hoje (12.12.2010) comemoramos o Dia da Bíblia, a Escritura Sagrada, a Palavra de Deus. Ela é nossa Única Regra de Vida, Fé e Prática. Com isso estamos declarando que mais nada, absolutamente mais nada, pode servir como regra para a nossa vida, a não ser a Bíblia Sagrada. Com ela, em nossas mãos, temos o deliniamento para toda nossa conduta quando precisamos definir o que é certo e o que é errado. Jesus deixou esse ponto claro quando afugentou o diabo na tentação a que foi exposto no deserto ao responder por três vezes: “Está escrito”, e ter dito “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (Mateus 4.4).

Outra verdade que precisamos enfatizar sobre a Bíblia é que ela tem autoridade sobre a Igreja e não o contrário. Ou seja, é a Bíblia que determina o Modus Vivendum e Modus Operandum da Igreja. A Igreja existe por causa da Bíblia, não o contrário. Não podemos tirar e nem acrescentar nada a ela. A Igreja não tem autoridade sobre a Bíblia. Cabe à Igreja, estudar com zelo as Escrituras para poder ser instruída em como viver de forma a agradar ao Deus que a comprou com o precioso sangue de seu Filho amado.

A Bíblia é o instrumento criado por Deus para criar, conven cer, converter e conformar o seu povo. Com o Poder de sua Palavra, Deus trouxe tudo à existência. Com o Poder de sua Palavra ele chamou a Abraão em meio à idolatria em um mundo de densas trevas, assim como ordenou a Zaqueu que descesse do sicômoro para receber o Salvador e a Salvação. E ambos, assim como muitos, pelo poder de sua Palavra, por sua irresistível graça e chamado eficaz, atenderam.

A Bíblia cumpre seu propósito. Deus fala pela boca de Isaías: “Porque assim como descem a chuva e para lá não tornam, sem que primeiro regue a terra, e a fecundem, e a façam brotar, para dar semente ao semeador e pão ao que come, assim será a palavra que sai da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a designei”. (Isaías 55.10-11) Portanto, a Bíblia, que é a Palavra de Deus, Sua revelação especial, cumpre seu propósito. Para os que a ouvem e crêem, ela traz a vida, mas para os impenitentes, morte e condenação.

A Palavra de Deus é o start (o início) de nossa fé. Paulo escreveu: “Assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo” (Romanos 10.17) Aos Tessalonisences Paulo escreveu: “Tendo vós recebido a palavra que de nós ouvistes, que é de Deus, acolhestes não como palavra de homens, e sim como, em verdade é, a palavra de Deus, a qual, com efeito, está operando eficazmente em vós, os que credes” (I Ts 2.13)

Em Ezequiel 37.1-14 encontramos o poder vivificador da Palavra de Deus sobre aqueles ossos secos naquele vale.

Assim, amados é urgente não apenas quea conheçamos profundamente, a Bíblia. mas que a com-partilhemos porque ela traz vida onde há morte, luz onde há trevas, alegria onde há tristeza, conforto onde há incômodo, certeza onde há dúvida, esperança no coração desesperado, paz onde há conflito, caminho para os que estão desencaminhados, salvador aos que estão perdidos nas tolas tentativas em conseguir Deus sem sem crer em Jesus. (João 14.6)

Deus nos abençoe em nossa leitura e meditação de sua Palavra, até a volta de Cristo, o Verbo encarnado, última e derradeira revelação de Deus.

LANÇAMENTO DE CARPE DIEM IV - 19/12/2010 - 19H00 - IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL EM MOGI DAS CRUZES - AV. HENRIQUE EROLES, 137
- ALTO IPIRANGA - MOGI DAS CRUZES -


A CORDIAL EDITORA TEM A IMENSA ALEGRIA E REGOZIJO EM COLOCAR NAS MÃOS DAQUELES QUE AMAM A LEITURA, MAIS UM DEVOCIONÁRIO CARPE DIEM. TRATA-SE DO QUARTO VOLUME.

COM SESSENTA E UM ARTIGOS E REFLEXÕES.

O PREFÁCIO É DE AUTORIA DO REVERENDO HAROLDO REIMER, FUNDADOR DA ORGANIZAÇÃO PALAVRA DA VIDA NO BRASIL

ESPERAMOS CONTAR COM SUA PRESENÇA NESSA NOITE EM QUE A ARTE, MAIS UMA VEZ ESTARÁ A SERVIÇO DO EVANGELHO E DO REINO DE DEUS.

EM PRIMEIRO LUGAR VOCÊ IRÁ OUVIR E ASSISTIR O CORAL PROCLAMAI INTERPRETANDO A LINDA CANTATA INTITULADA 

UMA ORAÇÃO NO NATAL.

APÓS A CANTATA VOCÊ É NOSSO CONVIDADO ESPECIAL PARA PARTICIPAR DO LANÇAMENTO DE CARPE DIEM IV COM A NOITE DE AUTÓGRAFOS. TEREMOS SORTEIOS DE ALGUNS BRINDES DE NATAL PARA AQUELES QUE ADQUIRIREM CARPE DIEM IV.
PREÇOS PROMOCIONAIS PARA AQUELES QUE QUISEREM ADQUIRIR A COLEÇÃO.

MÚSICA E LITERATURA - A ARTE A SERVIÇO DO EVANGELHO.

VOCÊ, CERTAMENTE NÃO PODE PERDER.

ENTÃO....ATÉ DOMINGO

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

FRASES DE EFEITO EM CARPE DIEM IV....LEIA E REFLITA


“Ler ou não ser. Essa é realmente a questão”

“Não sejamos como Judas Iscariotes que chegou tão perto e foi para tão longe”.

"Se eu creio em milagres, não preciso de milagres para crer”.

“Jesus não morreu por coisas, ele morreu por pessoas”.

“Precisamos transformar nossa declaração de fé em Deus em atitudes que demonstrem a fé que declaramos”.

“A história é uma sala de aulas”.

“Provavelmente a depressão psicológica seja conseqüência de uma vida vazia, sem objetivos, ideais e projetos. Afinal para quem não sabe aonde chegar, qualquer caminho serve”.

“Quando a fé é pequena, qualquer problema é grande demais”.

“Só se cansa quem realmente trabalha e só quem
trabalha tem direito ao descanso”.

“O amor é um poderoso remédio para quem
o toma e para quem o serve”.

“Máquinas devem estar sob nosso comando e não o contrário”.

“A Igreja é uma instituição criada por Deus para abençoar o mundo”.

“Na cruz, Deus jungiu o amor e a justiça de forma divina”.

“Não podemos discutir contra as evidências; quem quer o sucesso precisa trilhar a estrada da dedicação, do esforço e do sacrifício”.

“Tempestades servem, também, para provar o valor do marinheiro”.

“Quanto mais ouço os homens, mais eu amo a Palavra de Deus”.

“Para sermos aprovados temos que ser provados”.

“Tão perto ainda não quer dizer que chegamos”.

“Ame as pessoas em primeiro lugar. Depois você pode escolher o que mais vai amar”.

"Há mentiras contadas tantas vezes que até o mentiroso passa a crer nelas como se fossem verdades”.

“As letras alimentam a mente, mas a Palavra de Deus alimenta o coração”.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

CORAL PROCLAMAI NO JARDIM COLORADO.

UMA ORAÇÃO NO NATAL....




SUELI P. OLIVEIRA.....BASTIDORES ANTES DA CANTATA...



JULIANA RIBEIRO ABRINDO A CANTATA.....




OLAVO E REBECA....CONTRACENANDO....




ROSALVO NO SOM.....IMPECÁVEL....


JULIO CESAR NA ILUMINAÇÃO......VERY GOOD!


EVELYN CANTANDO.....



PROCLAMAI
COM OS JUNIORES.....


OS JUNIORES....TOQUE ESPECIAL EM
"NATAL VERDADEIRO"...



ANGELA E GABRIEL....AUDIÊNCIA....

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

UMA PRISÃO CHAMADA COMODISMO.

Na semana que findou, li de bate-pronto, um livro que conta a história de uma norte coreana Soon Ok Lee. Essa literatura segue, em estilo, ao famoso Refúgio Secreto de Corrie ten Boon, aquela holandesa que foi enviada ao campo de concentração na segunda guerra mundial, acusada de abrigar judeus em sua casa e que, por um milagre foi libertada.



Soon Ok Lee, era membro do Partido Comunista na Coréia do Norte. Em suas próprias palavras ela diz: "Como não havia nascido um filho homem na família nas últimas gerações, fui completamente treinada na doutrina comunista". Essa mulher acreditou, um dia, que o comunismo marxista era o caminho da felicidade e da justiça, mas acabou por enfrentar a dor de ter de passar seis anos em uma prisão, depois de quatorze meses de interrogatórios, como resultado de um processo judicial forjado e mentiroso. Na verdade essa mulher, como muitas na Coréia do Norte, assim como muitos homens, foi parar na prisão para compor um contingente enorme de pessoas que se constituiam, e ainda se constituem, em mão de obra gratuita.

Privada do convívio com seu marido, a quem nunca mais viu, e com seu filho, com o qual fugiu para a Coréia do Sul depois de ter sido a primeira mulher, pelo que relatou, a ser libertada depois de sua "ressocialização", Soon Ok Lee viveu os terrores das torturas dentro da prisão. Só quem lê e tem estômago pode ter uma noção da crueldade e desumanidade de um regime comunista, ditatorial e absolutista que insiste em permanecer vigente, como o da Coréia do Norte. Sua libertação aconteceu em 1992.

Quando me aproximei da grande prateleira de livros da Imprensa da Fé, li o título desse livro - OS OLHOS DOS ANIMAIS SEM CAUDA - um livro de 176 páginas, tire-o dali, iniciei a leitura que foi terminada na madrugada de sábado para domingo.

Fiquei atônito, boquiaberto.

Fiquei imaginando que enquanto eu estava aqui em meu país, no início de meu Ministério Pastoral, cheio de sonhos e projetos, vendo meus filhos crescerem, levantando, trabalhando, viajando em férias, pregando e cantando a respeito da Bíblia, mal podia imaginar que aquela mulher, como tantas, lá na Coréia do Norte, passava por aquela experiência tão terrível onde as pessoas deixam de ser humanas para poder sobreviver.

Ao fugir para a Coréia do Sul, em 1995, com seu filho Kim Dong Chel, ambos acabaram por conhecer a Jesus como seu Salvador e Senhor. Lá na prisão, Soon Ok Lee havia conhecido muitos cristãos que foram presos por causa de sua fé e a quem era vedado o direito de olhar para o céu. Os cristãos eram obrigos a manter suas cabeças abaixadas e olhos fitos no chão. Soon Ok Lee viu a forma como os cristãos enfrentaram seus opositores comunistas e afirma em seu livro que nunca presenciou sequer um deles negando sua fé. Muitos foram mortos pisoteados, gemendo, mas nunca recuaram sequer um milímetro em sua fé cristã.

Ao escrever essas memórias, Soon Ok Lee nos mostra como ainda é possível que o homem se deixe iludir pelo culto à personalidade como acontece ainda hoje na Coréia do Norte do falecido Kim Il Sung que foi sucedido por seu filho Kim Jong Il. Ela, assim como todos os prisioneiros e prisioneiras, tinha que decorar os Mandamentos dos Prisioneiros que iniciava assim:

"Adore as autoridades de Kim Il Sung e Kim Jong Il com todo o seu coração. Se você se deparar com qualquer aspecto que venha prejudicar as autoridades, você deve brigar por elas até a morte".

Diabólico, não? Atualmente diabólico, diria.

Ao encerrar a leitura desse livro, orei agradecendo a Deus por meu país, por sua democracia, pela liberdade que tenho de poder expressar minha fé, e ao mesmo tempo pedi perdão porque tenho sido tão tímido em testemunhar de Jesus. Fiquei terrivelmente incomodado com o fato de brigarmos tanto dentro da Igreja por questões tão banais enquanto consumimos nossas energias que seriam muito mais úteis na adoração, evangelização e edificação. 

Que Deus nos liberte dessa prisão chamada comodismo e nos mostre que ainda há muito por ser feito em favor do Reino de Deus e do reino dos homens.


terça-feira, 30 de novembro de 2010

MUITOS DA CIDADE (MOGI DAS CRUZES) PARA CRISTO



Olhe para a cidade onde Deus, em sua soberania tem feito você morar. Perceba a dinâmica dela ao seu redor. Olhe as pessoas e pense nelas mais do que nas coisas, porque pessoas são mais importantes que coisas. Questione: Quantas dessas pessoas são de Cristo, foram eleitas antes da fundação do mundo? O questionamento é mais perscrutador se pensarmos a respeito das pessoas com as quais temos tido contato todos os dias, como nossos vizinhos, no comércio que freqüentamos e assim por diante. Pode ser gente de nossa própria casa, parentes, esposa, esposo, filhos, noras, genros, netos. Há muitos que precisam ouvir o evangelho porque é ele, o evangelho, que sob a luz do Espírito Santo, produz a regeneração e faz nascer a fé sem a qual não podemos agradar a Deus e nem nos aproximarmos dele.

Atos dos Apóstolos fala do cristianismo em seus primórdios e mostra o quão humanos e limitados eram os homens que Deus usou para a propagação do evangelho. Pedro que negou a Cristo foi o que pregou os primeiros sermões que serviram para a conversão de aproximadamente 5000 almas. Felipe fez a inserção do evangelho para o samaritano e o gentio. A leitura de Atos mostra o quanto eles eram como nós, pessoas limitadas, frágeis, simples e em alguns momentos, inseguras.

Em Corinto Paulo usou o mesmo método que usara nas outras cidades, ou seja, entrava na sinagoga e pregava o evangelho sobre dois assuntos especiais, a saber: (1) O Messias tinha vindo, a promessa havia sido cumprida, mas ele foi morto por causa da incredulidade das autoridades religiosas.. (2) Todavia, ao terceiro dia, o Messias ressuscitou dentre os mortos. Ele mesmo, Paulo, havia visto o Cristo ressurreto. E como sempre acontecia, Paulo era mal compreendido e rechaçado. Em Corinto não foi diferente. Nessa cidade muitos que o ouviram na sinagoga o amaldiçoaram. Ele havia vindo de Atenas onde pregara no areópago, sendo também zombado e ignorado justamente quando começava a falar sobre a ressurreição de Jesus. Agora em Corinto acontece esse tipo de violência verbal terrível. Ele teme por sua própria vida e saindo da sinagoga passa a pregar aos gentios. Paulo era homem como eu e você. Foi nesse contexto que Deus falou com ele. “...: Não tenha medo, continue falando e não fique calado, pois estou com você, e ninguém vai lhe fazer mal ou feri-lo, porque tenho muita gente nessa cidade. Assim, Paulo ficou ali durante um ano e meio, ensinando-lhes a palavra de Deus”. (Atos 10.9-11) Aqui nesse texto há lições servem para todos nós.

1) A pregação do evangelho sempre encontrará dura resistência em qualquer lugar. Aqui em nossa cidade, não é diferente, em absoluto. A igreja não é só diferente do mundo em seus valores morais e éticos. A Igreja se opõe ao mundo; são antagônicos. Vamos sempre ser confrontados, muitos irão zombar, e outros até perseguir duramente.

2) Deus está no comando da atividade evangelística seja em que circunstância for. Aconteça o que acontecer conosco em nossa ação evangelística, Deus está no comando. É preciso continuar. A questão mais grave é ocorrer conosco o que aconteceu com Paulo, ou seja, desanimar. Sim, Paulo desanimou! Você acha isso impossível? Eu não! Ele era como eu e você, um ser humano, uma pessoa com emoções. É preciso que entendamos que Deus está no comando. Esse episódio nos ensina isso.

3) Deus tem muitos desta cidade (Mogi das Cruzes). Ao olhar as ruas e a dinâmica de nossa cidade, vejo as pessoas e penso que aqui em Mogi das Cruzes há muitas pessoas que foram eleitas e que esperam que lhe comuniquemos o evangelho.

Então, prezado irmãos lancemos nossas redes, descruzemos os braços.....Há muitos dessa cidade para Cristo.

sábado, 27 de novembro de 2010

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

SEJA SEMPRE GRATO

A gratidão é a memória do coração. Quanto a essa virtude podemos até exagerar.

Outro dia, me levantei e cedi meu lugar para uma senhora se sentar. Ela, apoiada por sua filha, olhou nos meu olhos e quando imaginei receber um sorriso denotativo de gratidão, ela simplesmente baixou os olhos se sentou e não disse absolutamente nada. Confesso que não fiz a gentileza para receber a honra do agradecimento, mas fiquei decepcionado porque essa era uma atitude apropriada para o momento.

Jesus viveu uma experiência semelhante. Lucas fala a respeito dos dez leprosos que clamaram por cura, mas somente um deles voltou para agradecer (Lucas 17). A ingratidão é fruto do coração vitimado pelo egoísmo.

A cada dia que passa atitudes e palavras de gratidão se tornam mais raros. Nossos dias têm sido tão caracterizados pela correria que parece que temos deixado de praticar alguns princípios tão elementares da vida. Pedir por favor e agradecer o benefício recebido são dois desses princípios elementares.

Há bonitos hinos e cânticos denotativos dessa virtude tão pouco praticada hoje em dia. “Graças dou por esta vida, pelo bem que revelou. Graças dou pelo futuro e por tudo que passou, pelas bênçãos derramadas, pelo amor pela aflição. Pelas graças reveladas, graças dou pelo perdão” é um desses hinos.

Gosto de cantar o famoso Meu Tributo, tanto em Coral como solo. Há várias versões dessa canção e todas elas são muito bonitas.

Em minha casa temos cultivado o hábito de agradecer sempre o alimento que temos sobre nossa mesa. Reconhecemos que o pão de cada dia é fruto da graça e da misericórdia de Deus. O pão que temos tido é um milagre que se repete e ao nos assentarmos à mesa para comê-lo não podemos nos esquecer de agradecer. É importante lembrar que na oração que Jesus ensinou ao seus discípulo ele instrui a que peçam o pão: “..o pão de cada dia, dá-nos hoje”. (Mateus 6.11) Há um provérbio árabe que diz: "Se te sentaste e comeste, mas não agradeceste, comeste como um pagão".

A gratidão é uma atitude somente praticada por aqueles que têm o coração nobre. Há tanto pelo que devemos ser gratos:

Seja grato a Deus, por tudo, mesmo diante das dificuldades. Seja grato as pessoas que te ajudam ou te ajudaram. Seja grato não somente pelas grandes conquistas, mas, também pelas pequenas. Saiba honrar aqueles que estão do teu lado (família, trabalho,igreja), e verbalize isto. Dizer muito obrigado é muito importante. Não esqueça dos benefícios que fizeram a você. Uma pessoa grata tem um olhar de fé e de esperança. Uma pessoa grata é feliz e revela humildade de coração. Uma pessoa grata divide o que possui é generosa porque sabe muito bem o significado de um ato de bondade. O ingrato é egoísta.

Uma pessoa grata sabe o valor de ajudar os outros.

Charles Plumb era piloto de um bombardeiro na guerra do Vietnã. Depois de muitas missões de combate, seu avião foi derrubado por um míssil. Plumb saltou de pára-quedas, foi capturado e passou seis anos numa prisão norte-vietnamita. Ao retornar aos Estados Unidos, passou a dar palestras relatando sua odisséia e o que aprendera na prisão.

Certo dia, num restaurante, foi saudado por um homem:- Olá, você é Charles Plumb, era piloto no Vietnã e foi derrubado, não é mesmo? Plumb, intrigado, perguntou - Sim, como sabe? O garçon respondeu - Era eu quem dobrava o seu pára-quedas. Parece que funcionou bem, não é verdade? Plumb quase se afogou de surpresa e com muita gratidão respondeu: - Claro que funcionou, caso contrário eu não estaria aqui hoje. Muito obrigado! Ao ficar sozinho naquela noite, Plumb não conseguia dormir, lembrando-se de quantas vezes havia passado por aquele homem no porta-aviões e nunca lhe disse nem um "bom dia". Era um piloto arrogante e aquele sujeito, um simples marinheiro. Pensou também nas horas que o marinheiro passou humildemente no barco enrolando os fios de seda de vários pára-quedas, tendo em suas mãos a vida de alguém que não conhecia. Agora, Plumb inicia suas palestras perguntando à sua platéia: "Quem dobrou seu pára-quedas hoje?". Todos temos alguém cujo trabalho é importante para que possamos seguir adiante. Precisamos de muitos pára-quedas durante o dia: físico, emocional, mental, espiritual.


Jamais deixe de agradecer. Seja sempre grato, reconhecido. 

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

ISABELA SEGÓVIA DAMIANO NASCEU.....

O PASTOR E A OVELHA
A AVÓ TODA FELIZ, COM MUITA RAZÃO
 A FAMÍLIA DE DEUS
OS AMIGOS E IRMÃOS SEMPRE PRESENTES....

Parabéns queridos Carina e Taciano!
Isabela: seja muito bem vinda, querida menina.


LANÇAMENTO DE CARPE DIEM IV - O DEVOCIONÁRIO 19.12.2010 - 19H00 NA IPBMC

O PECADO DO DESÂNIMO.

Arquivo de Fotografia - doente, mulher. 
fotosearch - busca 
de fotos, imagens 
e clipart“Mas o tempo foi passando e a paixão se esfriou. Ó meu Senhor, responda-me, por quê”.




Esse é um trecho de uma música de composição do Paulão, Paulo Cesar da Silva, da Logos. Ela toca em um ponto de profunda relevância que é o esfriamento, o desânimo que nos acomete, vez por outra.

Ninguém esta isento deste incômodo. O desânimo tem suas causas próprias. Temos que identificar a causa e tratá-la se quizermos viver uma vida cristã com mais, regozijo e ânimo.


Não é preciso fazer muito esforço para concluirmos que o pecado é a principal causa que nos leva a vivermos uma vida cristã desanimada e que, naturalmente, nos fará infrutíferos. Todavia, o pecado se apresenta de vária formas. Pode ser o caso do pecado do secularismo, por exemplo. O secularismo é um sintoma natural do mundanismo e se caracteriza por uma excessiva preocupação com as coisas deste tempo. Esse sintoma é vivenciado quando as pessoas revelam uma atenção exagerada com o tempo presente vivendo como se não houvesse eternidade. O secularismo faz com que tentemos transformar nossa vida aqui como se não houvesse outra vida além dessa. Os epicureus, um ramo da filosofia tão em moda nos dias do cristianismo primitivo, ensinava que devemos comer e beber porque no final das contas o que nos aguarda é a morte, e com a morte tudo finda. Há cristãos que sem se aperceberem vivem com base nessa filosofia.

Outro sintoma do mundanismo que faz com que andemos desanimados, é o materialismo. O indivíduo que apresenta esse sintoma pensa 24 horas por dia em seus próprios negócios, em sua própria vida, em como fazer e agir para aumentar o seu patrimônio ou mesmo mantê-lo. Um cristão assim se esqueceu que temos um Deus providente e passa a viver um enganoso conceito de que os bens materiais poderão lhe garantir segurança. Jesus criticando aqueles que dessa forma pensam disse: “...Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus”. (Lucas 12.20) Não há segurança em nossos bens e patrimônio, por maiores que eles sejam. Ter muita coisa, ser muito rico pode, além de nos iludir no aspecto de nossa segurança, nos fazer pessoas arrogantes, soberbas e jactanciosas.

Se secularismo e materialismo são sintomas do mundanismo que pode nos fazer desanimar, o mesmo acontece com o consumismo. Consumismo é um pecado mais moderninho. Ele nos ilude ao fazer com que pensemos que comprar pode ser fonte de real prazer e alegria. Se Shakespeare vivesse hoje, a sua famosa máxima “Ser ou não ser, eis a questão”, seria outra, ou seja “Ter ou não ter, eis a questão” . Os técnicos na área da economia concluíram que o consumismo foi o grande responsável pela crise econômica neste início do século XXI.

Eu sei que há circunstâncias que podem nos fazer desanimar na vida cristá, mas acredito que o próprio desânimo já é, em si, um erro. Olhe para Jesus. Ele mesmo disse que algumas circunstâncias, que são bem diferentes das citadas nesse artigo como sintomas do mundanismo, existem, mas que não devemos desanimar. Ouçamos o mestre: “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo passais por aflições, mas tendo bom ânimo; eu venci o mundo”. (João 16.25-33)

Não é no mundo que encontramos solução para o desânimo, mas sim em Deus, Assim é para Deus que eu e você devemos correr quando nos sentimos desanimar. O desânimo já é o primeiro passo rumo ao insucesso. Tenha em mente que Noé não desanimou e por isso sobreviveu ao dilúvio.

O ABRAÇO

Eu não havia me dado conta do quanto um abraço faz diferença até o dia em que minha mãe me acordou bem cedinho e contou que meu pai estava com câncer e que, na opinião dos médicos, ele viviria apenas mais seis meses. Parece que tiraram o chão sob meus pés, senti-me um pouco tonto e um nó na garganta explodiu em um choro angustiado com lágrimas em abundância. Foi então que mamãe, ainda uma mulher forte, apesar de suas constantes enfermidades ocasionadas pela diabete veio até mim, e me abraçou. Choramos juntos por um tempo não muito longo, mas que pareceu ser eterno.

Esaú abraçou a Jacó depois que este se prostando em terra por sete vezes, numa notória atitude de humilhação, se aproximou dele. A Bíblia, emocionadamente diz: “Então, Esaú correu-lhe ao encontro e o abraçou; arrojou-se-lhe ao pescoço e o beijou; e choraram” (Gn 33.4). Jacó havia voltado, nutrindo em seu coração o desejo de reconciliação. Ele havia sido convertido. A Bíblia também nos conta que José “...se lançou chorando sobre o seu irmão Benjamim e o abraçou, e Benjamim também o abraçou chorando”. (Gn 45.14) Isso aconteceu quando ele, José, se revelou aos seus irmãos. O abraço de José e Benjamim selou o reencontro, o recomeço, apagou mágoas, ressentimentos. Jacó, já idoso e quase totalmente cego fez com que os filhos de José se aproximassem dele, e então.....os abraçou e beijou (Gn 48.10)

A Bíblia diz que “há tempo de abraçar e tempo de se afastar-se de abraçar” (Ec 3.5). Sim, há momentos em que precisamos nos distanciar, refletir, fazer uma profunda avaliação dos nossos atos e das palavras, para, então, podermos voltar ao abraço que conforta, solidariza, reparte, reconcilia, afaga e protege. Foi isso que o pai daquele filho ingrato fez quando viu que seu filho retornava, maltrapilho, surrado pelas circunstâncias, humilhado pelos resultados funestos de suas loucas decisões. O pai correu e abraçou o filho como que dizendo a todos; Não o apedrejem nem o agridam, ele é meu filho amado que retorna para meu convívio. Eis aí um ato de proteção, de consolo e de recomeço, no abraço do pai. (Lucas 15.11-32)

Um abraço também sela uma despedida. Paulo, reuniu os Presbíteros da Igreja de Éfeso e disse a eles que essa seria a última vez que eles veriam o seu rosto e após algumas palavras de instrução sobre os cuidados com o rebanho e um alerta sobre o perigo dos lobos vorazes e outras palavras de despedida, eles ajoelharam e Paulo orou com eles. Lucas escreveu: “Então, houve grande pranto entre todos, e abraçando afetuosamente a Paulo, o beijavam, entristecidos especialmente pela palavra que ele dissera: que não mais veriam o seu rosto. E acompanharam-no até o navio”. (Atos 20.37,38)

Recentemente li uma história comovente sobre o abraço. Não posso provar que seja verdadeira, mas é verossímel se levarmos em conta as nuances. Essa história é sobre a primeira semana de vida de duas crianças gêmeas. Cada uma estava numa incubadeira e uma delas não tinha perspectiva de sobrevivência. Uma enfermeira foi contra as regras hospitalares e colocou as duas crianças juntas numa única incubadeira. Depois de colocadas juntas, a mais saudável estendeu o braço e o colocou sobre os ombros de sua irmã. Minutos depois o coração da mais frágil teve seus batimentos estabilizados e sua temperatura foi a níveis normais. Esse foi um abraço terapêutico.

É provável que um abraço sincero, singelo e amoroso se torne mais eficiente do que muitos discursos, uma terapia para enfermidades do corpo e da alma. Aproveite para abraçar quem você ama, enquanto isso é possível, enquanto houver possibilidade de retribuição.

ÁRVORES NO POMAR DO SENHOR

Como já disse em outras oportunidades, não tenho experiência com a agricultura, ou seja, nasci na urbanidade apesar de morar no meio do mato. Como gostava demais de bananas nanicas, minha única aventura nessa área foi plantar um pé no fundo do quintal da casa de meus pais, na minha infância. E deu vários cachos e também muita sujeira. Fui um enorme trabalho arrancá-la quando papai resolveu construir dois cômodos naquele lugar.

Gosto de observar pomares em minhas viagens. Uma das experiências mais agradáveis que tive foi quando participei de um projeto missionário no norte do Paraná, Siqueira Campos, e fiquei hospedado na fazendo de um dos maiores cafeicultores daquele município. Lembro-me de montar um cavalo e junto com o filho daquele irmão cafeicultor andamos por sua enorme fazenda e conheci um pomar com árvores frutíferas; tangerina, mexerica, laranjas, caquis, mangas, ameixas. Foi muito bom arrancar a fruta do pé e degusta-la ali mesmo. Jamais me esquecerei daquela experiência.

É lindo ver uma árvore no tempo em que ela transforma flores em frutos. Viajando para o município de Fernandópolis, de ônibus, quando fui cantar e pregar no aniversário de uma Igreja ali, cansei minha vista de tantos pés de laranja. Não sei onde li que se juntarmos todos os pés de laranja do estado de São Paulo teremos um território do tamanho da Suécia. Não sei se é verdade, mas confesso que era muito pé e muita laranja.

Fico imaginando o trabalho que não dá manter aquelas árvores frutíferas, livres das pestes e dos insetos que às vezes se mostram tão danosos para elas. Recordo-me que nos pés de ameixas na casa de meu vizinho era comum pintar a base do caule com cal. Nos pés de pêssegos, na casa do Diácono Daniel e sua esposa Zélia, eles os ensacavam para evitar que os pássaros comessem quando estavam amadurecendo.

Plantar árvores frutíferas até que, imagino eu, não deva ser muito difícil, mas mantê-las frutificando exige cuidados. O Salmo 1 fala de árvore que produz fruto no tempo certo e cujas folhas estão sempre verdes simplesmente porque essa árvore está plantada junto a um ribeiro de águas que é imprescindível para o plantio se esperamos colheita. Essa é uma metáfora já que o mesmo salmista identifica essa árvore como aquele homem que ama a lei de Deus e se relaciona com ela com seriedade, ao invés de ouvir o conselho dos ímpios, se deter no caminho dos que amam o pecado e se assentar com os que escarnecem, ou seja, ele evita as pragas.

Jesus afirmou que aquele ramo que não estiver nele, que é a videira verdadeira (e como há videiras falsas por aí hoje), não pode produzir frutos e que ramos assim acabam por secar (tornam-se estéreis por completo). Esse tipo de ramo só serve para fazer a fogueira queimar.

Como árvores frutíferas, no pomar do Senhor, nós devemos frutificar, porque, afinal das contas, de que vale uma árvore frutífera que não frutifica?

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O CAMINHO DA VERDADE E DA SEGURANÇA.

Eu bem sei a que conclusão os reformadores chegaram quando foram definir as características principais e distintivas da verdadeira Igreja Cristã quando comparada àquela outra Igreja que se auto-denomina cristã. Eles afirmaram que (1) A pregação da Palavra de Deus e do Evangelho; (2) A correta observação dos Sacramentos e, (3) A aplicação da Disciplina Eclesiástica, são essas marcas distintivas. Eles na verdade estavam, ao fazer assim, contrapondo-se à Igreja dos seus dias que havia perdido de longe esses princípios e se distanciado totalmente da Bíblia.
Essas são mesmo características próprias da verdadeira Igreja Cristã, mas vejam, vocês que me lêem, em que situação nos encontramos hoje, ou seja, temos um número quase que incontável de Igrejas Locais e denominações que afirmam pregar o evangelho com a Bíblia, só praticam os dois sacramentos, (Batismo e Ceia) e observam uma certa prática de disciplina eclesiástica, mas que sinceramente não podem e nem devem ser consideradas Igrejas Cristãs.
Precisamos, portanto, de uma redifinição quanto a estas características e eu proponho as seguintes, que são quatro.
1) A verdadeira Igreja Cristã crê na Bíblia como único livro de regra, fé e prática. O termo único aqui é de crucial importância. Não admitimos inciclicas e nem tampouco bulas com o mesmo peso inspirado da Bíblia. Não admitimos nenhuma outra fonte de revelação como instruidora ao convertido sobre salvação e santificação. Sola Scriptura, mesmo! E que essa Escritura seja interpretada tendo como ferramenta o método Gramático-Histórico.
2) A verdadeira Igreja Cristã crê em Cristo como único e suficiente salvador. Solo Cristus, nada mais! Qualquer outra proposta, ainda que seja de adição do tipo Cristo e Maria, Cristo e o Sábado, Cristo e Boas Obras, deve ser refutada como lamentável equívoco. Qualquer outro item que anule a graça revelada na pessoa de Cristo Jesus, deve ser rechaçada de forma veemente.
3) A verdadeira Igreja Cristã adora o Deus trino sem nenhum traço de subordinação. Deus pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo são o mesmo Deus em três pessoas e não podemos cometer o pecado de adorarmos mais o Pai, do que o Filho ou o Espírito Santo. A Igreja precisa olhar com equilíbrio para essa questão porque há um só Deus, criador, salvador, mantenedor, provedor e que nos instrumentaliza.E não há uma quarta pessoa na trindade.
4) A verdadeira Igreja Cristã se responsabiliza pelo hoje, mas contempla o amanhã. A verdadeira Igreja de Cristo não é irresponsável com o dia de hoje, com nossa contemporaneidade. Ela se engaja nos problemas de ordem social e política, oferece seus préstimos, sua ética e principalmente se ajoelha em intercessão pelos governos, mas ela sabe que Jesus voltará e busca viver uma vida de vigilância e serviço em prol do Reino de Deus. Ela não se preocupa mais com o material do que o faz com o que é espiritual.
O Supremo Concílio da IPB neste ano de 2010, decidiu que aquelas Igrejas catalogadas como comunidades neo-pentecostais não são verdadeiramente Igrejas Cristãs e sim seitas. E creio que foi uma atitude corajosa. Nisso não há falta de amor e carinho por pessoas, mas um compromisso pela verdade bíblica. Com certeza essas igrejas não consideram com seriedade os quatro itens expostos acima que, em meu entendimento, são marcas distintivas da verdadeira Igreja Cristã. Louvamos a Deus porque a IPB se mantém firme e devemos orar para que continue assim!
A IPBMC deve esboçar essas quatro marcas e zelar em mantê-las como bússula que a conduz pelo caminho da verdade onde há segurança, pois esse é o caminho que Deus determinou para ela

segunda-feira, 5 de julho de 2010

PERDEMOS A COPA DO MUNDO. E DAÍ?

(Considerações - e até certo desabafo - de um brasileiro que ama o futebol, mas ama mais o Brasil)

O Brasil foi eliminado pela Holanda na Copa do Mundo de Futebol lá na África do Sul, belo país pelo que temos visto nas imagens e um povo bastante alegre, às vezes, alegres demais com aquelas vuvuzelas que certamente afetariam meu labirinto. Mas e daí?

Já estamos há 08 anos sem vencer uma copa do mundo. E daí? Isso também não importa porque já ficamos 24 anos sem sermos campeões. Até que em 1994 vencemos às duras penas lá nos USA nos pênaltis a nossa adversária, Itália. Depois fizemos a fatídica final contra a França em 1998, e a vitoriosa final na Ásia contra a Alemanha em 2002. Voltamos a cair em 2006 frente a mesma França que tem sido um carrasco do Brasil em Copas do Mundo e agora foi a vez da Holanda que já havia nos desclassificado em 1974 na Copa da Alemanha. Voltamos mais cedo para casa. Perdemos da Holanda. E daí?

Eu sou muito passional e fico muito agitado em partidas de futebol. Por isso resolvi lavar meu carro na hora do jogo. Simplesmente levei o carro para o quintal atrás da minha casa, me preparei e, durante os 90 minutos da partida fiquei ali lavando meu carro. Soube dos gols pelas manifestações. No final do jogo, com a derrota já sacramentada, me saí um morador de um prédio vizinho, na sacada de seu apartamento e grita a plenos pulmões. “Vamos trabalhar cambada. Vamos voltar pro trabalho”. Ri para valer, e muitos fizeram o mesmo pelo que pude ouvir. É isso mesmo. O Brasil perdeu, foi desclassificado, mas e daí? O mundo não acabou, oras bolas. O Brasil perdeu, mas e daí?

Não tenho me dado ao “luxo” de ouvir os comentaristas de futebol a respeito dessa desclassificação. Parece que o disco quebrou. É sempre o mesma lengalenga. Uns culpam o Dunga, outros alegam que havia jogadores que não tinham qualificações para estar no grupo. Os mais duros, como o Milton Neves, desandaram a falar do Felipe Melo. E assim por diante. Afinal de contas é comum numa hora como essa, procurarmos os culpados. Isso é natural, mas é preciso que haja equilíbrio. Não podemos evitar a avaliação porque ela, sendo feita com sobriedade e serenidade, pode nos ajudar a evitar cometermos os mesmos erros, mas é preciso que haja coerência e ponderação, o que me parece não é próprio de grande parte da mídia do futebol.

Há comentaristas e locutores que são mais torcedores do que qualquer outra coisa. O Galvão Bueno, por exemplo, com todo o respeito e admiração que lhe tenho, torce mais do que narra uma partida. E isso vai moldar, de certa maneira, o pensamento do brasileiro nesse campo esportivo. O Brasil foi desclassificado, mas e daí?

Futebol não tem lógica e cá entre nós se a lógica valesse, a Holanda tinha mesmo que vencer porque olhando do ponto de vista tático, ela é uma seleção mais bem assentada táticamente. Tem melhor equilíbrio em todos os seus setores. E devemos lembrar que em 1982 éramos mesmo muito melhores que a criticada Itália e perdemos por três gols a dois. Aquela lá doeu. Futebol não tem lógica. E o Brasil voltou para casa eliminado, mas e daí?

Futebol é só esporte e esporte é saúde e cultura. Talvez tenha doído mais para alguns do que para outros porque esse esporte que deveria ser entendido como cultura, saúde, evento para o congraçamento dos povos, virou uma grande oportunidade de se fazer muito dinheiro. A FIFA é uma das instituições mais ricas do mundo, mas e daí? No que é que isso consiste? Que benefícios isso tem trazido para aquelas nações onde há enormes bolsões de pobreza? Que benefícios isso tem trazido para aquelas nações onde não há educação de boa qualidade, a saúde está doente, a segurança está refém do crime organizado e a violência tem assumido uma multiformidade gigantesca? Isso lembra a você algum país em particular? Creio que sim e por isso eu repito a questão: O Brasil perdeu a Copa do Mundo, mas e daí?

Devo admitir que o bem humorado grito do meu vizinho tem tudo a ver: “Vamos trabalhar cambada. Vamos voltar pro trabalho”. Isso mesmo, vamos trabalhar! Vamos voltar para o nosso mundo onde temos que optar entre Marina, Dilma e José Serra.

Voltemos para o país que já se tornou um cassino a céu aberto, onde a hipocrisia é latente em todos os níveis, onde a religiosidade nos faz ter que encarar num sábado uma Marcha Para Jesus que é mais uma vitrine para o lustro do ego de alguns apóstolos do que Marcha para Cristo mesmo, e em outro sábado temos que engolir a Parada Gay num ato de afronta sem precedentes.

Voltemos para nosso país onde o aposentado é tratado como escória, coisa obsoleta, com exceção dos políticos aposentados.

Voltemos para o país onde a justiça é morosa e bastante condescendente.

Voltemos para o Brasil onde um jogador de futebol, sem nível de intelectualidade desenvolvido e que pouca contribuição traz à cultura do país, vale mais do que o professor, o médico e outros profissionais que se matam para sobreviver, o que é um paradoxo.

Vamos voltar para a realidade porque a Holanda, por exemplo, que nos desclassificou, nunca foi campeã mundial de futebol, e é um país com problemas geográficos e topográficos enormes se comparados ao Brasil, continua sendo um país rico de um povo extremamente educado. Vamos voltar para o trabalho porque perder para a Holanda não foi uma desonra.

Eu pergunto: perdemos a Copa do Mundo, mas e daí? Eu não vou chorar por isso porque afinal de contas o Felipe Melo e o Dunga que estão sendo crucificados, em meu entendimento errônea e cruelmente, vão voltar para suas vidas e terão que conviver com essa experiência que os marcou muito mais do que marcou a você e a mim. Mas eles estão muito bem do ponto de vista social e econômico se comparado à maioria dos brasileiros.

Por outro lado, muitos dos que se angustiaram e até choraram diante de um aparelho 14’ dentro do seu humilde casebre, tiveram que pegar o seu busum e voltar para o trampo porque afinal de contas é essa gente que movimenta esse país e é essa gente que, mesmo no anonimato, faz a grandeza do Brasil.

Vamos voltar para o trabalho cambada, sou assim para mim:

Vamos cair na real, pessoal. Vamos descer dessa aeronave chamada ilusão e pisar no chão da realidade.



segunda-feira, 7 de junho de 2010

TRÊS VIRTUDES PARA A VIDA CRISTÃ (ROMANOS 1.1-17)

É óbvio que a vida cristã deve ser caracterizada por muito mais do que três virtudes. Se nos mirarmos na pessoa de Jesus nosso redentor, e nos propusermos imitá-lo e sermos, assim, identificados como verdadeiros cristãos, devemos então esboçar muitas virtudes em número que excede as três que pretendemos abordar nesse texto.

Entretanto é importante que frisemos que essas Três Virtudes Para a Vida Cristã nós a percebemos na leitura do texto de Romanos 1.1-17. Trata-se da mais longa introdução de todas as cartas do apóstolo Paulo. A Carta de Paulo aos Romanos é considerada O Evangelho Segundo o Apóstolo Paulo.

Nesta introdução em que encontramos a Saudação, a Referência à Igreja de Roma e seu enunciado extraordinária sobre o Evangelho aprendemos três virtudes com o apóstolo dos gentios. Essas virtudes são:

1. CONCEITO EQUILIBRADO E MODERADO A RESPEITO DE SI MESMO. (Rm. 12.3)

Se há algo que aprendemos com Paulo nessa introdução é que quando um homem sabe quem ele é, está apto para desenvolver e desempenhar seu papel. Para dizer de outra maneira: Quando alguém sabe quem é, está apto para cumprir sua missão.

Nesta sua saudação à Igreja de Roma, Paulo identifica-se por seu nome latino. Aliás em nenhuma das suas cartas Paulo se identifica por seu nome com que fora batizado, ou seja, Saulo. Ora, quais seriam as razões de tal postura e preferência pelo nome gentílico. Há algumas razões possíveis, pelo menos três.

a) Porque Paulo significa "pequeno" enquando Saulo tinha um significado mais opulento, ou seja, "aquele que é implorado". Escolher o primeiro em lugar do segundo demonstrava de forma inequívoca o quão humilde Deus tornara esse homem.
b) Porque o nome Paulo era o ícone da transformação que Cristo havia promovido nesse judeu fariseu que era perseguidor da Igreja e agora se tornara um dos mais perseguidos por causa do evangelho que ele tanto perseguiu e o fez de forma tão feroz (Vide Atos 8.1-3)
c) Poque Paulo era um nome gentílico e usando esse termo ele teria mais facilidade para ser inserido no mundo gentílico. Lembremo-nos de que Deus o convertera e lhe confiara a tarefa de pregar aos gentios com primazia. (Atos 9.15-16)

Além disso Paulo se considera, "servo de Jesus Cristo", "chamado apóstolo" e "separado para o evangelho de Deus".

Paulo sabia quem era e por isso estava apto a cumprir a missão que Deus lhe confiara.

A segunda virtude que aprendemos com Paulo é:

 2. CONSIDERAÇÃO E APREÇO PELA IGREJA DE CRISTO. (Rm 1.8-15; Rm 16)

Esta carta é enviada a uma Igreja que Paulo não conhecia. Diferentemente das outras cartas como aos Coríntios, Filipenses, Gálatas (região da Galácia), Tessalônica, Colossenses, Éfeso. Aqui Paulo se dirige a uma Igreja, na sua grande maioria, senão totalidade, de gentios, que ele não conhecia. Fica evidenciado pela leitura do capítulo 16 que ele conhecia, certamente, alguns de seus membros, mas não todos e nem os conhecia como comunidade.

Seu desejo era ter oportunidade de estar com eles porque no mundo tudo já se sabia que havia uma Igreja Cristã na capital do Império e que essa Igreja esboçava uma fé viva e contagiante. Mas seu desejo de estar com eles nunca se concretizou porque Deus, sabia Paulo, não o havia permitido.

Ao escrever essa carta Paulo, como faz em outras cartas, é gentil, atencioso, cordial e lisonjeiro sem ser piegas ou bajulador. Seu interesse são os irmãos em Cristo, seu desejo é estar com eles e abençoá-los com seus dons. Sua vontade é fazer em Roma aquilo que se tornara a tarefa de sua vida, ou seja, pregar o evangelho

Para Paulo a Igreja em Roma era uma legítima Igreja de Cristo e ele demonstra, por ela, apreço, e consideração.

Essa é outra virtude que o cristão deve esboçar, ou seja, consideração e apreço pela Igreja de Cristo. Deus originou duas instituições para abençoar o mundo; a Família e a Igreja. Paulo sempre as teve em alta conta. Um dia ele fora perseguidor da Igreja agora estava pronto a dar sua vida por ela.

Não é surpreendente que é possível que Paulo tenha sido martirizado nessa cidade? Não é surpreendente que existia um Igreja que ele amava sem conhecer e onde gostaria de pregar o evangelho?

Assim, pregar o evangelho, também em Roma, era o anseio do seu coração. Paulo não sabia, (Deus sim), que ele iria para Roma não como homem livre, mas como prisioneiro por causa do evangelho que pregava e do qual ele se orgulhava e no qual tinha alegria.

Na leitura desses dezessete versículos da introdução da Carta aos romanos, Paulo usa o termo evangelho por cinco vezes. Nessa leitura podemos perceber também a compreensão que Paulo tinha a respeito do evangelho de Deus, como ele se refere no primeiro versículo. Encontramos aqui, com Paulo, uma outra virtude para o cristão.

3. COMPREENSÃO E CONCEITO PLENOS SOBRE O EVANGELHO. (Rm. 1.2-4; 16-17)

Para Paulo o evangelho era:

a) Evangelho de Deus. Não se tratava de mais uma filosofia de vida produzida e criada pela imaginação humana, mas sim algo que Deus originou.
b) Evangelho preconizado pelos profetas. Deus providenciou os recursos para que esse evangelho fosse prometido em profusão através dos profetas.
c) Evangelho que tinha registro escriturístico. O evangelho que Deus criou e que prometeu por meio dos seus profetas, estava registrado nas Escrituras Sagradas.
d) Esse evangelho tinha como conteúdo a pessoa de Jesus Cristo o filho de Deus que:
      d.1.) Quanto a carne, nasceu da descendência de Davi (Encarnação do Verbo)
      d.2) Quanto a sua divindade, ressuscitou segundo o poder do Espírito de Santidade (ressurreição)
e) Evangelho poderoso para salvar:
      e.1.) Quem quer que seja. Não há coração tão duro que Deus não possa quebrar. Paulo eraum exemplo disso.
      e.2.) Porque Deus só pode salvar por meio do evangelho já que nesse evangelho Deus trata com justiça a questão do pecado. Fora do evangelho Deus não pode salvar quem quer que seja. Foi Ele mesmo quem instituiu esse meio para sanar a questão do problema e é por meio do evangelho que Deus aproxima o pecador incoverso de Si.

Três virtudes que nós os cristãos devemos esboçar, ou seja, UM CONCEITO EQUILIBRADO A RESPEITO DE NÓS MESMOS (Rom. 12.3), CONSIDERAÇÃO E APREÇO PELA IGREJA DE CRISTO e COMPREENSÃO E CONCEITO PLENOS SOBRE O EVANGELHO.

Como já dissemos no início desses nossos escritos aqui, essas virtudes não são as únicas que devem ser características nos cristãos, mas nós as vemos em Paulo nessa porção intrudutória da carta que escreve à Igreja em Roma. Seria bom que as possuíssemos e que elas nos possuíssem.

Deus nos abençoe.