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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

O CULTO A DEUS


O CULTO A DEUS

Aquilo que você pensa sobre Deus, vai determinar o tipo de adoração, de culto, que você prestará a Ele. É notável observar que todo aquele que conhece Deus superficialmente, se perde em questões periféricas assim como aquela mulher samaritana que questionou Jesus a respeito do lugar “mais adequado” para a adoração e para a qual Jesus ensinou que a geografia da verdadeira adoração era o coração contrito e compungido, (estivesse ele na mais alta montanha ou no mais profundo vale).


          Hermistem Maia Pereira da Costa escreveu com singular sobriedade: “O Culto cristão é a expressão da alma que conhece a Deus e que deseja dialogar com seu criador, mesmo que esse diálogo, por instantes, consista num monólogo edificante no qual Deus nos fale através de sua Palavra“. O referido escritor ainda cita a seguinte definição: “Em essência, o Culto é um encontro de Deus com seu povo no qual se estabelece um diálogo: Deus fala à sua Igreja através de sua Palavra e a Congregação expressa a sua adoração ao Senhor mediante as orações, oferendas e hinos” (Fides Reformata VIII, nº 2.)
                     
        
       Portanto, se estamos de acordo tudo que tem sido dito aqui, em em havendo um monólogo no Culto, é a voz de Deus que tem de ser ouvida e não a do homem e se o diálogo acontece, tudo deve ser feito tendo em vista quem é adorado, quem é o Deus que se cultua.
                    
              
        Certa pessoa me disse que havia deixado de freqüentar a Igreja porque não sentia nada no Culto. Ela criticou sem piedade o seu Pastor, homem que eu conhecia bem. É bom que nos lembremos sempre aquilo que disse B.B. Warfield falando a estudantes de teologia: “Se não há fogo no púlpito, cabe a você acendê-lo nos bancos. Nenhum homem pode fracassar em encontrar-se com Deus, no santuário, se ele traz Deus consigo para ali. Como é fácil transferir a culpa dos nossos corações frios para os ombros de nossos líderes religiosos”


Gostaria de ter conhecimento desta fala de Warfield quando aquela pessoa criticou seu Pastor à mim. E também não podemos cometer o lamentável e trágico equívoco de fazer do Culto, que dizemos prestar a Deus, um momento de entretenimento e de manipulação das emoções. 


Muito do que acontece no momento da adoração a Deus, depende da disposição dos nossos corações quando vamos ao Culto. Frieza, discriminação, preferências, pecados ocultos, orgulho travestido de humildade, auto-suficiência, sem dúvida são disposições que interferem no culto que devemos prestar a Deus. O Culto a Deus deve ser em Espírito (espiritual não carnal) e em Verdade (com sinceridade, sem nenhum traço ou odor de falsidade)


É um equívoco imaginar que vamos ao Culto, à Adoração, apenas para receber, para sermos beneficiados. Sim, vamos para sermos curados de nossas feridas, para aprendermos como lutar a guerra santa contra o mal, mas também devemos evitar o egoísmo e pensar que só vamos ao Culto para receber. Temos também de levar nossas experiências do dia-a-dia com Deus e nos deixarmos quedar diante da Palavra que nos é pregada com fidelidade. A frieza no culto depende muito da frieza com que se vive Deus no cotidiano.


Precisamos fazer nossa auto-avaliação quanto ao Culto e adoração  que prestamos e se nos encontrarmos em falta, que Deus nos dê humildade e nos ajude a mudar de atitude. Se você é daqueles que não têm prazer em cultuar a Deus, reveja sua vida, como ela se encontra, quais tem sido suas prioridades.

           
          Viva com Deus todos os dias. Faça isso incenssantemente na leitura de sua Palavra, na oração e no exercício de uma vida piedosa e o Culto terá um fogo que nenhuma água do inferno poderá apagar. Amém.