RECINTOS DO BLOG

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

ISABELA SEGÓVIA DAMIANO NASCEU.....

O PASTOR E A OVELHA
A AVÓ TODA FELIZ, COM MUITA RAZÃO
 A FAMÍLIA DE DEUS
OS AMIGOS E IRMÃOS SEMPRE PRESENTES....

Parabéns queridos Carina e Taciano!
Isabela: seja muito bem vinda, querida menina.


LANÇAMENTO DE CARPE DIEM IV - O DEVOCIONÁRIO 19.12.2010 - 19H00 NA IPBMC

O PECADO DO DESÂNIMO.

Arquivo de Fotografia - doente, mulher. 
fotosearch - busca 
de fotos, imagens 
e clipart“Mas o tempo foi passando e a paixão se esfriou. Ó meu Senhor, responda-me, por quê”.




Esse é um trecho de uma música de composição do Paulão, Paulo Cesar da Silva, da Logos. Ela toca em um ponto de profunda relevância que é o esfriamento, o desânimo que nos acomete, vez por outra.

Ninguém esta isento deste incômodo. O desânimo tem suas causas próprias. Temos que identificar a causa e tratá-la se quizermos viver uma vida cristã com mais, regozijo e ânimo.


Não é preciso fazer muito esforço para concluirmos que o pecado é a principal causa que nos leva a vivermos uma vida cristã desanimada e que, naturalmente, nos fará infrutíferos. Todavia, o pecado se apresenta de vária formas. Pode ser o caso do pecado do secularismo, por exemplo. O secularismo é um sintoma natural do mundanismo e se caracteriza por uma excessiva preocupação com as coisas deste tempo. Esse sintoma é vivenciado quando as pessoas revelam uma atenção exagerada com o tempo presente vivendo como se não houvesse eternidade. O secularismo faz com que tentemos transformar nossa vida aqui como se não houvesse outra vida além dessa. Os epicureus, um ramo da filosofia tão em moda nos dias do cristianismo primitivo, ensinava que devemos comer e beber porque no final das contas o que nos aguarda é a morte, e com a morte tudo finda. Há cristãos que sem se aperceberem vivem com base nessa filosofia.

Outro sintoma do mundanismo que faz com que andemos desanimados, é o materialismo. O indivíduo que apresenta esse sintoma pensa 24 horas por dia em seus próprios negócios, em sua própria vida, em como fazer e agir para aumentar o seu patrimônio ou mesmo mantê-lo. Um cristão assim se esqueceu que temos um Deus providente e passa a viver um enganoso conceito de que os bens materiais poderão lhe garantir segurança. Jesus criticando aqueles que dessa forma pensam disse: “...Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus”. (Lucas 12.20) Não há segurança em nossos bens e patrimônio, por maiores que eles sejam. Ter muita coisa, ser muito rico pode, além de nos iludir no aspecto de nossa segurança, nos fazer pessoas arrogantes, soberbas e jactanciosas.

Se secularismo e materialismo são sintomas do mundanismo que pode nos fazer desanimar, o mesmo acontece com o consumismo. Consumismo é um pecado mais moderninho. Ele nos ilude ao fazer com que pensemos que comprar pode ser fonte de real prazer e alegria. Se Shakespeare vivesse hoje, a sua famosa máxima “Ser ou não ser, eis a questão”, seria outra, ou seja “Ter ou não ter, eis a questão” . Os técnicos na área da economia concluíram que o consumismo foi o grande responsável pela crise econômica neste início do século XXI.

Eu sei que há circunstâncias que podem nos fazer desanimar na vida cristá, mas acredito que o próprio desânimo já é, em si, um erro. Olhe para Jesus. Ele mesmo disse que algumas circunstâncias, que são bem diferentes das citadas nesse artigo como sintomas do mundanismo, existem, mas que não devemos desanimar. Ouçamos o mestre: “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo passais por aflições, mas tendo bom ânimo; eu venci o mundo”. (João 16.25-33)

Não é no mundo que encontramos solução para o desânimo, mas sim em Deus, Assim é para Deus que eu e você devemos correr quando nos sentimos desanimar. O desânimo já é o primeiro passo rumo ao insucesso. Tenha em mente que Noé não desanimou e por isso sobreviveu ao dilúvio.

O ABRAÇO

Eu não havia me dado conta do quanto um abraço faz diferença até o dia em que minha mãe me acordou bem cedinho e contou que meu pai estava com câncer e que, na opinião dos médicos, ele viviria apenas mais seis meses. Parece que tiraram o chão sob meus pés, senti-me um pouco tonto e um nó na garganta explodiu em um choro angustiado com lágrimas em abundância. Foi então que mamãe, ainda uma mulher forte, apesar de suas constantes enfermidades ocasionadas pela diabete veio até mim, e me abraçou. Choramos juntos por um tempo não muito longo, mas que pareceu ser eterno.

Esaú abraçou a Jacó depois que este se prostando em terra por sete vezes, numa notória atitude de humilhação, se aproximou dele. A Bíblia, emocionadamente diz: “Então, Esaú correu-lhe ao encontro e o abraçou; arrojou-se-lhe ao pescoço e o beijou; e choraram” (Gn 33.4). Jacó havia voltado, nutrindo em seu coração o desejo de reconciliação. Ele havia sido convertido. A Bíblia também nos conta que José “...se lançou chorando sobre o seu irmão Benjamim e o abraçou, e Benjamim também o abraçou chorando”. (Gn 45.14) Isso aconteceu quando ele, José, se revelou aos seus irmãos. O abraço de José e Benjamim selou o reencontro, o recomeço, apagou mágoas, ressentimentos. Jacó, já idoso e quase totalmente cego fez com que os filhos de José se aproximassem dele, e então.....os abraçou e beijou (Gn 48.10)

A Bíblia diz que “há tempo de abraçar e tempo de se afastar-se de abraçar” (Ec 3.5). Sim, há momentos em que precisamos nos distanciar, refletir, fazer uma profunda avaliação dos nossos atos e das palavras, para, então, podermos voltar ao abraço que conforta, solidariza, reparte, reconcilia, afaga e protege. Foi isso que o pai daquele filho ingrato fez quando viu que seu filho retornava, maltrapilho, surrado pelas circunstâncias, humilhado pelos resultados funestos de suas loucas decisões. O pai correu e abraçou o filho como que dizendo a todos; Não o apedrejem nem o agridam, ele é meu filho amado que retorna para meu convívio. Eis aí um ato de proteção, de consolo e de recomeço, no abraço do pai. (Lucas 15.11-32)

Um abraço também sela uma despedida. Paulo, reuniu os Presbíteros da Igreja de Éfeso e disse a eles que essa seria a última vez que eles veriam o seu rosto e após algumas palavras de instrução sobre os cuidados com o rebanho e um alerta sobre o perigo dos lobos vorazes e outras palavras de despedida, eles ajoelharam e Paulo orou com eles. Lucas escreveu: “Então, houve grande pranto entre todos, e abraçando afetuosamente a Paulo, o beijavam, entristecidos especialmente pela palavra que ele dissera: que não mais veriam o seu rosto. E acompanharam-no até o navio”. (Atos 20.37,38)

Recentemente li uma história comovente sobre o abraço. Não posso provar que seja verdadeira, mas é verossímel se levarmos em conta as nuances. Essa história é sobre a primeira semana de vida de duas crianças gêmeas. Cada uma estava numa incubadeira e uma delas não tinha perspectiva de sobrevivência. Uma enfermeira foi contra as regras hospitalares e colocou as duas crianças juntas numa única incubadeira. Depois de colocadas juntas, a mais saudável estendeu o braço e o colocou sobre os ombros de sua irmã. Minutos depois o coração da mais frágil teve seus batimentos estabilizados e sua temperatura foi a níveis normais. Esse foi um abraço terapêutico.

É provável que um abraço sincero, singelo e amoroso se torne mais eficiente do que muitos discursos, uma terapia para enfermidades do corpo e da alma. Aproveite para abraçar quem você ama, enquanto isso é possível, enquanto houver possibilidade de retribuição.

ÁRVORES NO POMAR DO SENHOR

Como já disse em outras oportunidades, não tenho experiência com a agricultura, ou seja, nasci na urbanidade apesar de morar no meio do mato. Como gostava demais de bananas nanicas, minha única aventura nessa área foi plantar um pé no fundo do quintal da casa de meus pais, na minha infância. E deu vários cachos e também muita sujeira. Fui um enorme trabalho arrancá-la quando papai resolveu construir dois cômodos naquele lugar.

Gosto de observar pomares em minhas viagens. Uma das experiências mais agradáveis que tive foi quando participei de um projeto missionário no norte do Paraná, Siqueira Campos, e fiquei hospedado na fazendo de um dos maiores cafeicultores daquele município. Lembro-me de montar um cavalo e junto com o filho daquele irmão cafeicultor andamos por sua enorme fazenda e conheci um pomar com árvores frutíferas; tangerina, mexerica, laranjas, caquis, mangas, ameixas. Foi muito bom arrancar a fruta do pé e degusta-la ali mesmo. Jamais me esquecerei daquela experiência.

É lindo ver uma árvore no tempo em que ela transforma flores em frutos. Viajando para o município de Fernandópolis, de ônibus, quando fui cantar e pregar no aniversário de uma Igreja ali, cansei minha vista de tantos pés de laranja. Não sei onde li que se juntarmos todos os pés de laranja do estado de São Paulo teremos um território do tamanho da Suécia. Não sei se é verdade, mas confesso que era muito pé e muita laranja.

Fico imaginando o trabalho que não dá manter aquelas árvores frutíferas, livres das pestes e dos insetos que às vezes se mostram tão danosos para elas. Recordo-me que nos pés de ameixas na casa de meu vizinho era comum pintar a base do caule com cal. Nos pés de pêssegos, na casa do Diácono Daniel e sua esposa Zélia, eles os ensacavam para evitar que os pássaros comessem quando estavam amadurecendo.

Plantar árvores frutíferas até que, imagino eu, não deva ser muito difícil, mas mantê-las frutificando exige cuidados. O Salmo 1 fala de árvore que produz fruto no tempo certo e cujas folhas estão sempre verdes simplesmente porque essa árvore está plantada junto a um ribeiro de águas que é imprescindível para o plantio se esperamos colheita. Essa é uma metáfora já que o mesmo salmista identifica essa árvore como aquele homem que ama a lei de Deus e se relaciona com ela com seriedade, ao invés de ouvir o conselho dos ímpios, se deter no caminho dos que amam o pecado e se assentar com os que escarnecem, ou seja, ele evita as pragas.

Jesus afirmou que aquele ramo que não estiver nele, que é a videira verdadeira (e como há videiras falsas por aí hoje), não pode produzir frutos e que ramos assim acabam por secar (tornam-se estéreis por completo). Esse tipo de ramo só serve para fazer a fogueira queimar.

Como árvores frutíferas, no pomar do Senhor, nós devemos frutificar, porque, afinal das contas, de que vale uma árvore frutífera que não frutifica?