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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O CAMINHO DA VERDADE E DA SEGURANÇA.

Eu bem sei a que conclusão os reformadores chegaram quando foram definir as características principais e distintivas da verdadeira Igreja Cristã quando comparada àquela outra Igreja que se auto-denomina cristã. Eles afirmaram que (1) A pregação da Palavra de Deus e do Evangelho; (2) A correta observação dos Sacramentos e, (3) A aplicação da Disciplina Eclesiástica, são essas marcas distintivas. Eles na verdade estavam, ao fazer assim, contrapondo-se à Igreja dos seus dias que havia perdido de longe esses princípios e se distanciado totalmente da Bíblia.
Essas são mesmo características próprias da verdadeira Igreja Cristã, mas vejam, vocês que me lêem, em que situação nos encontramos hoje, ou seja, temos um número quase que incontável de Igrejas Locais e denominações que afirmam pregar o evangelho com a Bíblia, só praticam os dois sacramentos, (Batismo e Ceia) e observam uma certa prática de disciplina eclesiástica, mas que sinceramente não podem e nem devem ser consideradas Igrejas Cristãs.
Precisamos, portanto, de uma redifinição quanto a estas características e eu proponho as seguintes, que são quatro.
1) A verdadeira Igreja Cristã crê na Bíblia como único livro de regra, fé e prática. O termo único aqui é de crucial importância. Não admitimos inciclicas e nem tampouco bulas com o mesmo peso inspirado da Bíblia. Não admitimos nenhuma outra fonte de revelação como instruidora ao convertido sobre salvação e santificação. Sola Scriptura, mesmo! E que essa Escritura seja interpretada tendo como ferramenta o método Gramático-Histórico.
2) A verdadeira Igreja Cristã crê em Cristo como único e suficiente salvador. Solo Cristus, nada mais! Qualquer outra proposta, ainda que seja de adição do tipo Cristo e Maria, Cristo e o Sábado, Cristo e Boas Obras, deve ser refutada como lamentável equívoco. Qualquer outro item que anule a graça revelada na pessoa de Cristo Jesus, deve ser rechaçada de forma veemente.
3) A verdadeira Igreja Cristã adora o Deus trino sem nenhum traço de subordinação. Deus pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo são o mesmo Deus em três pessoas e não podemos cometer o pecado de adorarmos mais o Pai, do que o Filho ou o Espírito Santo. A Igreja precisa olhar com equilíbrio para essa questão porque há um só Deus, criador, salvador, mantenedor, provedor e que nos instrumentaliza.E não há uma quarta pessoa na trindade.
4) A verdadeira Igreja Cristã se responsabiliza pelo hoje, mas contempla o amanhã. A verdadeira Igreja de Cristo não é irresponsável com o dia de hoje, com nossa contemporaneidade. Ela se engaja nos problemas de ordem social e política, oferece seus préstimos, sua ética e principalmente se ajoelha em intercessão pelos governos, mas ela sabe que Jesus voltará e busca viver uma vida de vigilância e serviço em prol do Reino de Deus. Ela não se preocupa mais com o material do que o faz com o que é espiritual.
O Supremo Concílio da IPB neste ano de 2010, decidiu que aquelas Igrejas catalogadas como comunidades neo-pentecostais não são verdadeiramente Igrejas Cristãs e sim seitas. E creio que foi uma atitude corajosa. Nisso não há falta de amor e carinho por pessoas, mas um compromisso pela verdade bíblica. Com certeza essas igrejas não consideram com seriedade os quatro itens expostos acima que, em meu entendimento, são marcas distintivas da verdadeira Igreja Cristã. Louvamos a Deus porque a IPB se mantém firme e devemos orar para que continue assim!
A IPBMC deve esboçar essas quatro marcas e zelar em mantê-las como bússula que a conduz pelo caminho da verdade onde há segurança, pois esse é o caminho que Deus determinou para ela