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quinta-feira, 8 de março de 2012

MULHERES - PARABÉNS!!!!

MULHERES - PARABÉNS!!!!

     Hoje comemoramos O Dia Internacional da Mulher!
         A emancipação da mulher começou com o Cristianismo. Como disse Peter Marshal, “teve início numa noite, há quase dois mil anos, quando veio a uma mulher chamada Maria uma mensagem dos céus”.
A Bíblia fala de mulheres notáveis como: Joquebede, mãe de Moisés; Raabe, a prostituta que ocultou os espias em Jericó e que acabou entrando na genealogia de Jesus. Quem diria que uma coisa dessas pudesse acontecer? Outra mulher extraordinária foi Débora, profetisa e juíza de Israel a quem Deus entregou Sísera, inimiga do povo de Deus. Porque não reverenciar a Abigail, esposa do maligno Nabal. Essa mulher, com sabedoria, prudência e humildade, evitou a destruição de sua família. Devemos nos lembrar de Ana como exemplo de oração e de alguém que cumpriu sua palavra. Não podemos nos esquecer de Rute, Ester e também aquelas tantas mulheres que ajudaram Paulo em seu ministério. Em Romanos 16 há os nomes de muitas delas.
Eu me recordo da história de Mônica, mãe de Agostinho, Bispo de Hipona, um dos maiores Teólogos de toda a história do Cristianismo. Agostinho vivia dissoluta e irresponsavelmente, e sua mãe, Mônica, orava constante e ininterruptamente por ele. Agostinho foi convertido e tornou-se fonte de bênçãos para todos nós até hoje.
Não podemos discutir o valor da mulher como auxiliadora idônea do homem. O jargão popular que afirma: “Por detrás de um grande homem, há sempre uma grande mulher”, é mesmo verdade. Poderíamos até, incrementar o ditado popular e dizer: “Um homem só se torna grande se houver ao seu lado, uma grande mulher que lhe seja, a mãe ou esposa, ou ambas simultaneamente”.
Não há dúvida nenhuma do valor e da importância da mulher no contexto da família e da sociedade em geral. A influência da mulher é uma força aparentemente oculta, mas sempre constante, tem determinado a mudança do curso de muitos eventos da história. Michel Quoist afirmou com propriedade: “O que a mulher é para o homem, na construção da família, deve ser para a sociedade, na construção do mundo”.
A Dama de Ferro é uma produção cinematográfica que conta a comovente história de Margaret Thatcher, uma mulher que quebrou as barreiras de gênero e classe para ser ouvida em um mundo dominado pelos homens. A história diz respeito ao preço que se paga pelo poder e é um retrato surpreendente e íntimo de uma mulher extraordinária e complexa. Thatcher foi, indiscutivelmente, uma grande líder, uma mulher firme e decidida, de predicados admiráveis.
Golda Meir, nascida Golda Mabovitch, (Kiev, 3 de Maio de 1898Jerusalém, 8 de Dezembro de 1978) foi uma das que contribuiu definitivamente para a concretização da formação e emancipação do Estado de Israel. Emigrou para a Palestina no ano de 1921, onde militou no sindicato Histadrut e no partido trabalhista Mapai. Além de primeira embaixadora israelense na extinta URSS em 1948, ela foi ministra do Bem-Estar Social, ministra do Exterior, secretária-geral do Mapai e foi o quarto primeiro-ministro de Israel, entre 1969 e 1974. Conhecida pela firmeza de suas convicções estava à frente do Estado de Israel em seu momento mais dramático: a Guerra do Yom Kippur, na qual tropas egípcias e sírias atacaram Israel, cuja população estava distraída pelas comemorações do Dia do Perdão judaico.

Você já deve ter ouvido falar de Helen Keller. Essa notável mulher nasceu no Alabama, e se tornou uma prova viva de que deficiências sensoriais não impedem a obtenção do sucesso. Helen Keller ficou cega e surda desde tenra idade, devido possivelmente a doença chamada Escarlatina. Ela sentia as ondulações dos pássaros através dos cascos e galhos das árvores de algum parque por onde ela passeava.
Tornou-se uma célebre escritora, filósofa e conferencista, uma personagem famosa pelo extenso trabalho que desenvolveu em favor das pessoas portadoras de deficiências. A história de Helen Keller faz mais sentido por conta de outra mulher; Anne Sullivan. Essa mulher foi sua professora, companheira e protetora. A peça The Miracle Worker, conta a história do encontro delas. A peça acabou sendo filmada. O filme recebeu o nome de: O Milagre de Anne Sullivan
Em 1904 graduou-se bacharel em filosofia pelo Radcliffe College, instituição que a agraciou com o prêmio Destaque a Aluno, no aniversário de cinqüenta anos de sua formatura. Falava francês, latim e alemão. Ao longo da vida foi agraciada com títulos e diplomas honorários de diversas instituições, como a universidade de Harvard e universidades da Escócia, Alemanha, Índia e África do Sul. Em 1952 foi nomeada Cavaleiro da Legião de Honra da França. Foi condecorada com a Ordem do Cruzeiro do Sul, no Brasil, com a do Tesouro Sagrado, no Japão, dentre outras. Foi membro honorário de várias sociedades científicas e organizações filantrópicas nos cinco continentes.
Em 1902 estreou na literatura publicando sua autobiografia A História da Minha Vida. Depois iniciou a carreira no jornalismo, escrevendo artigos no Ladies Home Journal. A partir de então não parou de escrever.
A história da humanidade está repleta de mulheres que ajudaram a mudar o curso da história. Ninguém pode duvidar do valor da mulher para o progresso da humanidade. Ainda mais se levarmos em consideração o quanto elas tiveram que lutar para se impor e conquistar o espaço que realmente pertencia a elas. 
         Nos limites da Igreja Presbiteriana há mulheres que escreveram sua história de forma extraordinária. Nesse dia em que homenageamos a Mulher queremos destacar Elizabeth W. Simonton Blackford, esposa do notável A. L. Blackford e irmã mais velha de A. G. Simonton nosso reverenciado Missionário.
         Elizabeth nasceu no dia 4 de Setembro de 1822, estudou no Seminário Feminino de Newark, em Delaware. Tinha o apelido de Lille. Casou-se com Blackford em 08 de Março de 1860 e veio para o Brasil chegando aqui, com seu esposo, em 25 de Julho do mesmo ano. Elizabeth residiu por um período em São Paulo auxiliando seu esposo no início da obra presbiteriana na capital paulista.
         Era uma mulher notável. No mês de Maio de 1861, Elizabeth e o esposo receberam a visita do ex-sacerdote católico, José Manoel da Conceição. Esse contato deixou profundas marcas no coração de J. Manoel da Conceição que escreveu a respeito de Elizabeth:

“Sua muito nobre senhora, Mme. Blackford, cuja alma é o santuário do Espírito de Deus, a primeira palavra que me dirigiu foi um convite para comungar em sua Igreja. A surpresa embaraçou-me por um momento....Três grandes nomes, que farão eternamente o objeto de minha gratidão, são inseparáveis da minha conversão e entrada na família cristã. Estes nomes são A. L. Blackford, sua muito nobre senhora e A.G. Simonton. Eis os dignos instrumentos de que quis Deus servir-se para me fazer cristão”.

         A casa do casal Blackford, na antiga rua Nova de São José, a atual Líbero Badaró, foi o berço do presbiteriano paulista. Foi ali que se reuniu a Igreja por muitos anos; ali a filha de Simonton foi criada, após a morte de sua mãe; ali faleceu o pioneiro A. G. Simonton em 09 de Dezembro de 1867.
         Foi após a morte de Simonton que o casal Blackford mudou-se para o Rio de Janeiro. Em 1870 a revista, The Foreign Missionary publicou um interessante relato a respeito da Escola Dominical e Lillie. Ela foi uma grande entusiasta da obra missionária no Brasil. Possuía uma mente ágil e observadora e tinha a facilidade de relacionar-se com todos os tipos de pessoas, usando essa habilidade com fins evangelísticos. Por conta de uma enfermidade da qual foi acometida no Brasil fez algumas viagens aos EUA. Na última dessas viagens, em 25 de Abril de 1878, Elizabeth levou consigo sua sobrinha Helen Simonton.
         Elizabeth W. Simonton Blackford faleceu no dia 23 de Março de 1879, dando de sua vida, vinte anos na obra missionária no Brasil. Está sepultada ao lado de seu irmão e em seu túmulo encontramos a seguintes palavras de 2 Timóteo 1.12: “Eu sei em quem tenho crido”. Ao nos referirmos a essa notável mulher presbiteriana, homenageamos a todas as demais mulheres nesse Dia Internacional da Mulher.
         Faço, portanto, minha homenagem a você mulher, e principalmente, a você mulher presbiteriana, nesse dia em que comemoramos o Dia Internacional da Mulher. Que Deus em sua infinita sabedoria, que a criou como uma auxiliadora idônea e tão capaz, continue a fortalecer cada uma de vocês de tal maneira que todas possam portar as virtudes da mulher citada em Provérbios 31. 10-31.

Rev. Mauro Sergio Aiello