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sábado, 22 de maio de 2010

O FRUTO DO ESPÍRITO (Gálatas 5.22-26)


“Produzir o Fruto do Espírito Santo é a tarefa de uma vida toda. Podemos nunca concluí-la, mas isso não nos isenta de tentar”. Rev. Mauro Sergio Aiello

Todos nós sabemos que a carta aos Gálatas foi motivada por pressões que os crentes gentios sofriam da parte dos crentes judeus, ou melhor, daqueles judeus que se converteram do judaísmo ao cristianismo. Alguns comparam a carta de Paulo aos Gálatas com uma espada flamejante empunhada pelas mãos de um grande espadachim.

Paulo a escreveu para responder a um ataque contra ele e contra o evangelho (Gálatas 1.1-2 e 1.6-9).

Se esse ataque tivesse tido êxito, o cristianismo seria mais uma seita dentro do judaísmo, coisa de judeu para judeu, dependente da circuncisão e da observância da lei, ao invés de algo da graça de Deus.

Em grande parte desta epístola Paulo mostra que:

1º. A lei só aviltou o pecado e deu mostras claras que o pecador precisava de um redentor (Gálatas 3.24).

Este redentor foi Jesus que cumpriu toda a lei por nós.

2º. Agora a lei tem uma ação pedagógica e didática em nossas vidas, ou seja, ela é útil em nosso processo de santificação (Gálatas 5.13-26). Devemos observá-la não com o temor do judeu, mas com a alegria do cristão em atitude de profundo sentimento de gratidão e desejo sincero de agradar ao seu Deus que em Cristo o salvou.

Na passagem de Gálatas 5.22-26, Paulo mostra que a religião cristã é como uma estreita ponte que passa sobre dois rios contaminados, ou seja, um dos rios é o rio do legalismo judaico e o outro é o rio da libertinagem pagã.

O crente não deve perder o equilíbrio para não cair nem em um nem no outro. Deve seguir o seu caminho seguro, apesar de estreito.

Tendo já discursado sobre o legalismo judaico, agora Paulo se dirige aos gentios, pois as Igrejas da Galácia eram repletas de crentes gentios. Aqui ele passa a mostrar que:

a) Não há mais necessidade de nos submetermos ao jugo pesado da lei (Mateus 11.28-30).

b) Que a salvação depende apenas de crermos na vida e obra de Cristo Jesus. A salvação é pela fé no Filho de Deus.

c) Demonstramos que temos essa fé, e que, portanto somos salvos quando abandonamos a vida de paixões mundanas, com os ritos e vícios tão bem aceitos entre os gentios pagãos daqueles dias. Por isso, Paulo fala das obras da carne e as condena, declarando que agora, convertidos, os cristãos devem produzir o Fruto do Espírito Santo.

O Fruto do Espírito Santo deve ser produzido em toda sua plenitude, se o cristão quiser ter vida abundante. Esse Fruto do Espírito e descrito por Paulo como possuindo aqui, pelo menos, nove componentes, a saber:

1. Amor
2. Alegria
3. Paz
4. Longanimidade
5. Benignidade
6. Bondade
7. Fidelidade
8. Mansidão
9. Domínio Próprio

Eu gosto muito de maça. Essa fruta é muito rica em vitaminas, serve de adstringente, auxilia na assepsia bucal, possui enzimas que ajudam na desinflamação das cordas vocais, tem efeito calmante. Comer uma maça antes de repousar, é muito bom para quem quer ter um sono tranqüilo. A maça é composta de casca, possui a massa, semente, líquido, vitaminas, e muito mais ingredientes. Este é o fruto que chamamos maça.

O Fruto do Espírito, como é descrito por Paulo neste trecho das Escrituras Sagradas, é assim também; é composto de nove partes, a saber: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio.

Se você tirar algum dos elementos que compõem a maça, ela deixa de ser maça. O mesmo ocorre com o Fruto do Espírito Santo. Cada cristão deve buscar em oração, possuir cada um destes componentes do Fruto do Espírito Santo para poder ser abençoado e gozar da verdadeira vida abundante que Cristo veio nos trazer (João 10.10). Paulo fala sobre este Fruto do Espírito Santo, mas é importante que saibamos muito bem o que ele tinha em mente ao falar a esse respeito.


A ausência de qualquer um dos elementos que constituem o Fruto do Espírito Santo descaracteriza-o, inviabiliza-o.

Veja você a grande tarefa que temos diante de nós, ou seja, possuir potencialmente o Fruto do Espírito Santo.

É sobre isso que devemos orar constante e insistentemente. Se produzirmos esse Fruto do Espírito, certamente iremos nos parecer cada vez mais e mais com Jesus Cristo, o Filho de Deus.

APLICAÇÃO:

O que devemos fazer diante do que foi exposto? Quero sugerir o seguinte:

1. Paremos e façamos uma análise profunda e sincera sobre nossa realidade, sobre nossa vida. Busquemos, sem paixão, descobrir em nós se possuímos esses elementos que compõem o Fruto do Espírito Santo.

2. Ao detectarmos a ausência de algum, ou alguns desses componentes do Fruto do Espírito Santo (isso é mesmo possível), confessemos a Deus. Busquemos a Deus em oração clamando por perdão.

3. Oremos a Deus (se for preciso, jejue) pedindo-lhe que o seu Santo Espírito produza esse elemento que falta. A vida cristã é uma constante busca das virtudes de Cristo em nossas vidas. Não podemos cruzar os braços simplesmente porque a tarefa é difícil. O quanto mais possuímos desses elementos que compõem o Fruto do Espírito Santo, mas abençoados e abençoadores somos.