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sexta-feira, 21 de maio de 2010

PRECISAMOS DE UMA NOVA REFORMA.


Cristãos! Precisamos de uma Reforma. Uma parcela do cristianismo dos dias de hoje comete muitos dos equívocos daqueles dos dias do reformador Lutero. Não temos papa, mas há uma parcela de apóstolos que cresce e, como o papa, enriquecem. Sabe-se lá o que vem pela frente. Pregam: sem oferta não tem bênção (cura, prosperidade patrimonial etc).

A comercialização da fé e das bênçãos é idêntica à venda das indulgências. Deus não precisa de nossa oferta para abençoar. Com Deus não fazemos negócio. O paralítico na Porta Formosa do templo, tudo pedia e nada tinha, mas foi curado. Não estou dizendo que não devemos ofertar ou dizimar. Na verdade, ofertar e dizimar já são bênçãos.

Temos a Bíblia, mas e daí? Poucos a leem como deveriam. Como naqueles dias da Reforma. Aliás, não liam a Bíblia porque não havia Bíblias disponíveis. A atitude mais urgente tomada por Lutero foi traduzir a Bíblia para o alemão e assim, ajudar a colocá-la nas mãos do povo. Mas, apesar de termos hoje, Bíblias aos montões, em todas as versões e até modalidades (Biblia de Genebra, Bíblia Comentada de Ryrie, Bíblia da Mulher, Bíblia Plenitude, etc....) o povo se nega a lê-la e meditar nela. E se comete o mesmo erro dos dias da Reforma de Lutero, ou seja, o que os tais papas falam têm o mesmo valor da Bíblia, ou até mais valor. É “profetada” sem conta e novas revelações (as encíclicas apostolares). Cegos, guiando cegos.

O exorcismo e o enfoque nas curas e milagres reduzem o cristianismo. O culto que a Igreja deve prestar é a Deus e não ao diabo. Eu creio em milagres, mas milagres não produzem fé. Se eu creio em milagres eu não preciso de milagres para crer. Se assim fosse, o povo de Israel teria chegado à Terra Prometida em duas semanas, já que foi testemunha de milagres nas dez pragas que assolaram aquele país escravagista, além de ver tantos outros em sua caminhada pelo deserto. Eu também não preciso ver para crer, porque a fé que precisa ser vista, não é fé. Lembre-se de Tomé, prezado leitor! Não queres também ouvir o mesmo do mestre, não é verdade?

Eu não vou à Igreja porque Deus precisa de mim. Se eu vou à Igreja é porque sinto em minha alma e coração a necessidade de adorá-Lo, não pelo que Ele fará, mas por aquilo que Ele já fez.

Bem, o espaço aqui é pequeno e a necessidade de reforma é grande. Não me critique por tentar ajudar. Talvez essa seja minha parcela de contribuição.

IRA INCONTROLADA



Ira incontrolada é um ato falho. Nem sempre estamos errados em nossas considerações, mas é mais comum cometermos ato falho ao expô-las. O quanto eu lamento ao ver que falhei ao tentar expor minhas idéias e considerações simplesmente porque o fiz da forma errada. Veja, não é o conteúdo que se torna desprezível, mas a forma utilizada é que pode comprometer. É horrível conviver com pessoas que estão sempre armadas até os dentes. É como pisar em ovos ter que se relacionar com pessoas irascíveis. A ira repetida, e não controlada, quase sempre desemboca em atitudes pouco recomendáveis.

Jesus mostra, no Sermão do Monte, que a mansidão deve ser o antídoto eficaz para combater a ira incontrolada. Eu fiquei, então, imaginando como é que a mansidão se aloja dentro de nós de tal maneira que possamos evitar cometer atos falhos como o da ira incontrolada. Descobri, em oração e na leitura das Escrituras, que a mansidão só é possível no coração onde mora a humildade. O hóspede da mansidão é o coração verdadeiramente humilde. Pessoas orgulhosas, arrogantes, são impacientes, intolerantes e vítimas da ira, que se não for contida poderá acarretar danos sem conta.

Pedro diz com sobriedade singular: “Rogo igualmente aos jovens, sede submissos aos que são mais velhos; outrossim, no trato de uns para com os outros, cingi-vos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, contudo aos humildes concede a sua graça. Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte, lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós”. (1 Pedro 5.5-7)
A ira incontrolada é um ato falho, não apenas quando deixamos que ela nos domine e determine nossas palavras e atitudes, mas é um erro grave porque não produz a justiça de Deus, Tiago escreveu:: “Sabeis estas coisas, meus amados irmãos. Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar. Porque a ira do homem não produz a justiça de Deus”. (Tiago 1.19,20)

Amados, não estou afirmando aqui que não devemos nos insurgir contra as injustiças. Em absoluto! Não estou advogando em prol da indiferença. Tem se tornado cada vez mais comum, entre nós, a expressão: “Para que o mal vença, basta que os bons se calem e não façam nada”. Repito: não estou dizendo que devemos cruzar nossos braços, cerrar nossos lábios diante do mal e da injustiça. O que estou procurando firmar aqui é o princípio de que devemos ser prudentes no tratamento dos conflitos que nascem por conta do estreitamento do relacionamento fraterno que temos. Estou procurando mostrar que nossa forma de agir deve passar pela compreensão do quão frágeis somos, do quão limitados somos. Um auto-conceito exageradamente positivo não só é demonstração de fé pequena, como é, também, a inequívoca manifestação do orgulho que precede sempre a queda.

Tendo feito um inventário de minha vida, das decisões que tenho tomado, conclui que tenho falhado nessa questão. E descobri que já é tempo de parar com essa desculpa de que é uma questão genética, porque quando Deus faz sua obra ele a faz completa. Também de nada adianta ficarmos dizendo que somos sinceros para poder falar o que queremos e justificar atitudes pouco cristãs.

Deus me ensina em sua palavra que mansidão e domínio próprio são componentes do fruto do Espírito Santo e que se eu quiser produzir o bom fruto que Deus espera de mim, devo também evitar a ira incontrolada. Conclui que se a ira não me pode fazer ser melhor cristão, devo contê-la.