RECINTOS DO BLOG

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

DEUS FALA. VOCÊ OUVE?

Fico triste ao observar quanta gente freqüenta a Igreja, ouve sermões e aulas na Escola Bíblica Dominical, palestras em Congressos, mas não cresce espiritualmente. É entediante observar que há pessoas que são membros de Igreja desde que nasceram, mas continuam fraquinhos no conhecimento da Palavra de Deus e do Deus da Palavra. Isso fica evidenciado pela forma como muitos destes reagem quando ouvem a pregação e o ensino.



Há os que raciocinam da seguinte maneira: Deus está dizendo isso para mim: Essa é uma conclusão a que chegam alguns após ouvirem a Palavra de Deus. – Deus está falando comigo. Isso é para mim. Só os humildes pensam assim. Os humildes pensam de si, de acordo com a graça e a fé que Deus repartiu a cada um. (Romanos 12.3) Uma pessoa orgulhosa não pensa assim. Veja por exemplo aquele caso do fariseu e do publicano que foram ao templo orar. O fariseu, cheio de si, se gabava de suas “virtudes” em comparação ao “pobre publicano”. O “pobre publicano” disse pura e simplesmente, sem olhar para os lados e nem tampouco erguer os olhos aos céus, batendo no peito em sinal de agonia: - Ó Deus, sê propício a mim, pecador. Bem, foi Jesus mesmo quem disse qual dos dois voltou justificado para sua casa.



Há os que pensam: Deus está dizendo isso contra mim: Parece ser uma boa conclusão, mas enganam-se os que pensam assim. Quando Deus fala, não o faz como o Acusador das nossas almas. Deus não se gaba e nem se diverte quando revela nossos pecados e nos convoca ao arrependimento. Os que pensam que Deus está contra eles, são levados pelo sentimento de autocomiseração. Se reconhecêssemos nossos pecados e enganos, ficaríamos agradecidos quando Deus começa a combatê-los e quando Ele nos julga e nos pune, ainda que isso venha nos ferir. Saul foi alguém que se deixou possuir por esse destrutivo sentimento.



Há os que pensam: Deus está dizendo isso, para os outros, não para mim: Lembro-me, quanto a isso, de uma vez em que após ter pregado no aniversário de uma Igreja, lá estava eu cumprimentando as pessoas à porta. Um irmão ao me cumprimentar disse: - Pastor: belo sermão! Pena que muita gente que deveria estar aqui e precisa ouvir isso, faltou.  Creio eu que, enquanto eu pregava ele pensou nos outros e não nele mesmo. Esse é outro erro. Em Lamentações de Jeremias lemos: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim, renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade”. (Lam. 3.21,22) O que é isso senão uma declaração notável que revela que somos miseráveis. Ora, misericórdia é algo utilizável a quem está em situação miserável. Essa era a situação do povo de Deus no exílio.



Qual desses três tipos de pessoas você pensa que tem possibilidade de mudar de atitude? Qual destes três personagens você representa e encarna? A resposta a esse questionamento não é verbal, pura e simplesmente. A resposta a esse questionamento está nos frutos que produzimos. Bom seria que estivéssemos sempre atentos à Palavra de Deus, com humildade a acolhêssemos e permitíssemos que ela caísse em nossos corações e que nesses corações a semente da Palavra germinasse e produzisse muitos frutos, porque, afinal das contas, devemos ser praticantes da Palavra e não meros ouvintes. (Tiago 1.19-25).



Ouça e reflita: “Ele é o nosso Deus, e nós povo do seu pasto e ovelhas de sua mão. Hoje se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração...(Salmo 95.7,8a)...e por favor, não diga que Deus não falou...

Nenhum comentário:

Postar um comentário