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sexta-feira, 8 de abril de 2011

É FALTA DE DEUS....E PRONTO.

Um louco entrou na escola e atirando com seu revolver tirou a vida de 12 adolescentes. (há outros em estado grave). Chocante! Parece que estamos vivendo no primeiro mundo porque coisas como essa só víamos acontecer nos Estados Unidos da América. Agora um tal de Wellington (não sei porque, mas acho que tenho a impressão que sempre que eu ouvir esse nome vou me lembrar desse episódio) resolveu americanizar o Brasil.


Deixando essa questão de lado, não se falava de outra coisa no rádio ou mesmo na televisão. Não faltaram as famosas entrevistas dos psícólogos. Ouvi uma entrevista da irmã do tal atirador (percebe que eu reluto em escrever o nome?) na qual ela dizia que ele era quieto, ficava no computador o dia inteiro e que era bastante "estranho".


Um dos entrevistados falou a respeito da carta (estranha carta) do homicida. Uma carta escrita para instruir a respeito do seu sepultamento e o destino que deveria ser dado aos seus pertences. A carta tem um teor de radicalismo religioso, mas mesmo não sendo um psicólogo ou psiquiatra deu para perceber que o tal atirador era desequilibrado, ou para dizer de uma forma mais popular, não batia bem da cabeça.


Independentemente dessas coisas, o que nos ocorre quando nos vemos diante de um quadro desse é: o que poderíamos fazer para evitar uma tragédia como essa? Quais seriam os mecanismos que, sendo utilizados seriam fortes o suficiente para que um episódio como esse não se repetisse?


Não me sai da cabeça aquele episódio lamentável de um menino de 11 anos apenas, que foi morto com um tiro de um revolver calibre 38 já que o menino que disparou o tiro tinha acesso à essa arma que pertencia a seu pai e a levou à escola. Se houvesse um meio de impedir que armas entrassem em escolas tanto um quanto o outro caso não teria acontecido. Os bancos tem aquelas porta malucas que parecem dificultar a entrada de pessoas armadas. Bem, parece, porque eu me pergunto, como é que acontecem os famosos assaltos a banco?


Fico imaginando que a mídia é culpada. Vocês já viram a quantidade de filmes violentos que passam nos cinemas e na televisão? E o que dizer daqueles joguinhos em que o cara sai dando tiro para todo lado e fazendo jorrar sangue para todo lugar? Talvez se diminuíssimos a quantidade de filmes violentos e impedíssemos a edição de jogos de violência em computador e dos tais vídeo-games poderíamos diminuir a gana de certas pessoas fracas da cabeça e que se deixam seduzir por esse tipo de coisa. Mas sinceramente, mesmo sendo simpático a essas medidas, creio que elas não erradicariam o problema. Uma pessoa que se deixa seduzir por esse tipo de filme e esse tipo de "joguinho" já mostra uma certa patologia instalada. Essa é a minha opinião.


Lembro-me de que houve um plebiscito que consultou o povo brasileiro sobre o desarmamento no Brasil. A Wikipédia registrou o resultado desse referendo da seguinte maneira: O referendo sobre a proibição da comercialização de armas de fogo e munições, ocorrido no Brasil a 23 de outubro de 2005, não permitiu que o artigo 35 do Estatuto do Desarmamento (Lei 10826 de 23 de dezembro de 2003) entrasse em vigor. Tal artigo apresentava a seguinte redação: "art. 35 - É proibida a comercialização de arma de fogo e munição em todo o território nacional, salvo para as entidades previstas no art. 6º desta Lei". Aí fiquei, diante do episódio do bairro do Realengo no Rio de Janeiro, pensando: será que se impedíssemos a comercialização de armas não teríamos de alguma forma impedido que esse maluco fizesse o que fez? Mas a resposta a essa pergunta também é difícil de responder.


É como diz o ditado popular: "Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come". Diante de um quadro de dor como esse de Realengo ou como aquele no Condado de Jefferson, Colorado, Estados Unidos, no Instituto Columbine, onde os estudantes Eric Harris (apelido ReB), de 18 anos, e Dylan Klebold (apelido VoDkA), de 17 anos, atiraram em vários colegas e professores, ficamos boquiabertos e aparentemente impotentes. Medidas e providencias são tomadas, mas sempre nos deparamos com eventos extremamente dolorosos como esses.


Olhamos com espanto para esses acontecimentos e somos levados pelos campos da Filosofia, mas não encontramos nenhuma resposta que nos satisfaça. O sociólogo dá sua opinião e, a despeito de algumas considerações interessantes, também não conseguem responder e aplacar nossa gana com uma resposta adequada. A Psicologia é aparentemente boa para diagnosticar, mas é pobre, muito pobre a meu ver, quando se trata de propor terapias. As vezes acerta em cheio, mas a psicologia dá cada bola fora, vide o laudo que quase permite que o tal do Champinha voltasse para as ruas depois de matar com requintes de crueldade os adolescentes Felipe Silva Caffé e Liana Bei Friedenbach. Sinceramente, o Champinha é um monstro que deve se dar por satisfeito porque no Brasil a reclusão é garantida pelos impostos recolhidos de trabalhadores honestos e dignos como é o caso dos pais de Felipe e de Liana.


Então vamos à Teologia, tentar encontrar um parecer que satisfaça. Já sei que irão me acusar de simplista, de fanático, de radical ou mesmo de aproveitar um momento como esse para expor minha teorias bíblicas tolas e ultrapassadas. Podem me rotular, mas sinceramente um indivíduo que teme a Deus, não escreveria uma carta tão idiota como aquela e nem faria o que fez. O temor do Senhor é que nos faz sábios para viver em qualquer século e enfrentar as mais difíceis circunstâncias da vida. Se aquele estudante de medicina que entrou em uma sala de cinema de um shopping e atirou com uma metralhadora matando pessoas que estavam ali, aparentemente seguras assistindo um filme, realmente tivesse um relacionamento sadio como Deus, jamais seria responsável por ato tão bárbaro.


Alguns críticos de plantão vão falar das cruzadas e da mortande perpretada por esse movimento, mas sinceramente quem faz tal alegação não conhece o Deus que eu conheço, ou seja, o Deus que se revela na Bíblia. Muito bem, já sei que muitos irão condenar meu biblicismo, que irão dizer que a Bíblia é mais um livro de religião dentre tantos que existe por aí. À esses que taís alegações fazem eu digo que devem ler esse livro para constatarem que não se trata de um livro qualquer. A Bíblia apresenta um Deus que é amor, mas que prima por justiça, e que também não economiza em misericórdia. A Bíblia fala de um Deus que é Deus e não um ser divinizado pelo homem. Esse Deus habitando com seus princípios os corações de homens e mulheres, muda de fato o curso da história de indivíduos e de sociedades. Deus não estava no coração de "Wellington" na manhã do dia 07.04.2011 lá no bairro do Realengo, com a mais absoluta certeza, apesar de ter citado Jesus em sua tresloucada carta.


Assim resta-me dizer que mais do que seguranças, desarmamento, uma boa plataforma educacional, uma sociedade que prime pela melhor distribuição de rendas e que ofereça igualdade de condições na disputa pelo espaço acadêmico ou pela fatia do mercado de trabalho, mais do que tudo isso esse mundo precisa de Deus. O Salmista escreveu: "Se o senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela". Ou seja, façam tudo que estiver ao seu alcance, mas não sejam autosuficientes ao ponto de pensar que essas coisas bastem. È preciso que Deus seja configurado, considerado, temido. É preciso que Deus esteja em cada casa determinado a agenda da família, porque se não a casa vai mal e a opção é ficar diante de um aparelho de televisão, jogando joguinhos no vídeo-game ou mesmo invadindo o espaço internético que oferece muitas coisas boas mas que está cheio de lixo, também.


Sem Deus em casa não há interesse no bem estar do outro. O que funciona é a máxima: "Cada um com seus problemas", ou "Você para mim é problema teu". Sem Deus esse mundo se torna pior do que odioso, ele se torna indiferente. Sem Deus esse mundo perde o encanto e a graça. Sem Deus esse mundo não tem sentido porque vivemos por viver, sem saber de onde viemos, por que estamos aqui e para onde vamos depois daqui, se é que há "depois daqui". Sem Deus somos seduzidos por nossos próprios recursos e nos deixamos possuir pelo orgulho e soberba diante do menor sucesso obtido, afinal de contas Deus não existe e não teve nada a ver com isso.


Sem Deus esse mundo se torna uma escola qualquer onde eu ou você podemos entrar, sacar uma arma e atirando tirar vidas preciosas de filhos e filhas traumatizando pais, avós, irmãos, irmãos.....Ah! Ok! Você vai dizer que não crê em Deus mas não faria isso que esse louco fez. Será mesmo? Você tem certeza disso? A mesma velha Bíblia diz que "..enganoso é o coração, mais do que todas as cousas, e desesperadamente corrupto, quem o conhecerá?". (Jeremias 17.9) Tenho visto e ouvido pessoas cometerem torpezas como a desse jovem e depois não saberem explicar porque agiram como agiram. E quando pessoas próximas desse tipo de gente é entrevistada elas dizem que jamais poderiam imaginar que aquela pessoa fosse capaz de agir como agiu.


Sem Deus esse mundo é doente e o pior é que não percebe essa patologia.


É a falta de Deus que faz da mídia essa porcaria chamada Big Brother Brasil e coisas do gênero. Quer maior violência do que essa?


É a falta de Deus que faz do mundo da música um ambiente barulhento e que confunde arte com gritaria, loucura encharcada de àlcool, drogas e prostituição.


É a falta de Deus que faz com que o casamento se torne uma instituição humana volátil e sem importância.


É a falta de Deus que produz religiões que confundem santidade com prosperidade patrimonial transformando esse deus em um utilitário.


É a falta de Deus que faz com que acreditemos que qualquer coisa pode nos satisfazer levando você e a mim às compras de forma irresponsável, sendo consumidos pelo consumismo.


O que aconteceu hoje em Realengo é a mais pura e nítida demonstração de que precisamos nos voltar para Deus e ouvir o que Ele tem a nos dizer em Sua Palavra. O que aconteceu hoje deve nos levar não apenas a ouvir, mas também a obedecer sem detença o que Ele nos ensina. Diz a Bíblia que os loucos desprezam o ensinamento de Deus (Prov. 1.7)


Lamento e me solidarizo com as famílias enlutadas, incluindo a família do louco homicida, mas lamento também que tenhamos muito pudor para ouvir o sociólogo, o psicólogo, o educador, o historiador e continuemos a fechar nossos ouvidos para o que Deus tem a nos dizer em sua palavra.


Enquanto agirmos assim, sempre haverá Columbines e Tasso da Silveira.

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